A Malásia está montando um Banco de Conservação dos habitats e da Vida Selvagem (Wildlife Habitat Conservation Bank) como parte das suas ações para vender créditos da biodiversidade. O estabelecimento de um banco, o primeiro deste tipo fora dos Estados Unidos, faz parte do acordo entre o departamento malaio de Sabah e uma empresa australiana para o desenvolvimento conjunto de um habitat para a vida selvagem comercial nos 240.000 hectares do Reserva Florestal de Malua.
O estado, através do Departamento Florestal do Sabah e do Yayasan Sabah, irá trabalhar com a empresa New Forests Pty Limited, sediada em Sydney, para o estabelecimento de um banco de conservação comercial operacional dentro de seis meses. O diretor da New Forests David Brand explicou que a idéia do banco de vender os créditos da biodiversidade é baseado no de negociações de ações, com o diferencial de ser dirigido aos interessados em “investir” na conservação.
O dinheiro levantado seria então utilizado para propósitos de conservação, que neste caso, seria a Reserva Florestal de Malua. Segundo ele, no futuro, tais créditos poderiam ser negociados em bolsas de valores. Brand comentou que nos Estados Unidos, empreendedores do setor da construção e outros são obrigados a comprar este tipo de crédito.
O Ministro Datuk Musa Aman disse que esta nova abordagem ajudaria muito a trazer os investimentos do setor privados para a conservação das florestas naturais, o que envolve grandes gastos. O diretor da Floresta de Sabah, Datuk Sam Mannan disse que apesar da Malásia ou do Sabah não possuírem regras impondo a compra destes créditos, o departamento poderia impor através de contratos com as empresas de óleo de palma quando elas abrissem novas áreas.
(The Star, traduzido por Fernanda Müller,
CarbonoBrasil, 27/11/2007)