Destaque da 9ª Rodada foi a empresa OGX, de Eike Batista, que levou 21 dos 25 blocos que disputou A 9ª Rodada de Licitação de blocos exploratórios de petróleo e gás natural, realizada ontem pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e prevista para durar dois dias, terminou no final da tarde com um recorde de arrecadação, de R$ 2,109 bilhões. É quase o dobro do maior valor já arrecadado até agora, de R$ 1,087 bilhão, apurado na 7ª Rodada.
Antes da realização da rodada, houve temor do mercado de que não houvesse procura para os 271 blocos ofertados, devido a retirada das 41 áreas localizadas sobre a camada de sal, ao largo das recentes descobertas de reservas potenciais no bloco de Tupi, na Bacia de Santos. Essas áreas eram justamente as que despertavam a maior disputa entre as grandes empresas do setor privado, como PG, British Gas, Total, Exxon e Shell, que não apresentaram ofertas. O destaque da rodada foi a empresa OGX, do empresário Eike Batista, que ganhou 21 dos 25 que disputou. Os bônus de assinatura – valor proposto por cada bloco – oferecido pela empresa somou R$ 1,567 bilhão. A OGX pagou pelo bloco S-M-270, situado na Bacia de Santos, bônus de R$ 344,090 milhões. O valor é o maior pago entre todas as rodadas já feitas até agora. O recorde anterior era da italiana ENI, que pagara R$ 321 milhões na 8ª Rodada.
Se a OGX se destacou, a 9ª Rodada foi atípica para a Petrobras. A estatal arrematou 27 dos 56 blocos que disputou, em parcerias ou sozinha. O valor proposto pela empresa por estes blocos foi de R$ 296,5 milhões – a Vale do Rio Doce, que estreou nas rodadas, é parceira minoritária em nove deles.
Para o ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, a forte participação da OGX e também a estréia da Vale em um leilão de áreas exploratórias de petróleo 'não significa que são empresas assustadas com o risco de faltar gás no país'. 'São grandes players do mercado que estão diversificando seu portfólio.'
(
Correio do Povo, 28/11/2007)