O 1º Encontro de Educação Permanente: Os Desafios e as Possibilidades de Educação Permanente Junto às Equipes e Gestores do Subsistema de Saúde Indígena teve início na manhã desta terça-feira (27/11), no Canoas Parque Hotel, em Canoas. O evento é uma realização da Escola de Saúde Pública (ESP), por meio do Núcleo de Educação em Saúde Indígena (NESI). Objetiva desencadear o processo de educação permanente junto aos trabalhadores e gestores de saúde indígena visando a qualificar e consolidar o subsistema de atenção à saúde indígena no Estado do Rio Grande do Sul. A ESP é uma instituição vinculada à Secretaria da Saúde.
Segundo o vice-presidente da Funai de Brasília, Aluízio Guapidaia, o grande número de instituições que trabalham com a saúde indígena é "impressionante" e aproveitou a oportunidade para informar o trabalho realizado pelo Ministério da Saúde, pela Funasa e Funai que discutem juntos uma maneira de facilitar a capacitação de agentes visando a saúde indígena.
Para ele, o encontro contribui para desenvolver o subsistema da saúde indígena e constrói uma gestão melhor para esses povos. “O Estado preocupa-se com a situação, mas é considerado um trabalho árduo e mais diferenciado”, salientou. Tratar da saúde indígena é complexo por suas diversidades, advertiu.
Flávio Nunes, também da Funai Brasília, ressaltou que o encontro contribui para a união do Governo Federal com os municípios e os estados. Destacou que, mesmo com a evolução do mundo, as doenças contagiosas são fatos reais no meio dos povos indígenas. “O sistema de saúde indígena ainda é precário. O SUS requer aperfeiçoamento apesar de seus 19 anos de existência”, afirmou.
A vice-diretora da ESP, Miriam Dias, salientou a importância do encontro promovido pelo NESI por entender que a educação permanente é fundamental. Salientou que considera necessária não somente a capacitação de agentes, mas a contratação de outros - focados especialmente à atenção na saúde indígena. Miriam anunciou que a Residência Integrada em Saúde da ESP capacitará os residentes do terceiro ano para trabalhar na melhoria do sistema de saúde da população indígena a partir de 2008. “A Secretaria de Saúde precisa capacitar pessoas para atender os usuários de comunidades indígenas”, afirmou Miriam.
A diretora do Departamento de Ações em Saúde (DAS) da secretaria, Sandra Sperotto, que representou o secretário da Saúde, Osmar Terra, também defendeu a realização do encontro para a articulação de novas ações voltadas à área da saúde indígena. Ela lembrou que o Rio Grande do Sul é um dos poucos Estados que possuem políticas públicas com atenção à saúde indígena. “Essa ação facilita para Secretaria da Saúde na ampliação de parcerias e na melhoria da capacitação de novos agentes para atenção em saúde indígena”, explicou. “Espero que esse encontro possa trazer novidades para a secretaria dar continuidade ao trabalho aqui realizado”, concluiu.
Para finalizar, o coordenador regional da Funasa do Rio Grande do Sul, Gustavo Mello, falou sobre a revolução do mundo e salientou a necessidade da elaboração de políticas públicas visando à saúde indígena que, segundo ele, é precária. “O encontro é necessário para discutir a evolução e a ampliação das políticas públicas de saúde e educação do povo indígena”, disse.
O encontro continua nesta quarta-feira (28/11) com relatos de experiências das comunidades indígenas e oficinas de trabalho. O encerramento ocorre na quinta-feira (29/11) com plenária para apresentação dos relatos das oficinas.
(Ascom Governo do Estado do RS, 27/11/2007)