A Secretaria do Meio Ambiente (Sema RS) instituiu Grupo de Trabalho que irá avaliar o uso de sacolas e embalagens plásticas nos supermercados. A discussão baseia-se na necessidade de analise técnica sobre proposta que tramita nos Legislativos Estadual e Municipal com o intuito de obrigar supermercados e estabelecimentos comerciais a usarem sacolas de plástico oxibiodegradável ou de material reciclado.
O intuito do Grupo de Trabalho é colaborar para que as propostas sejam estudadas e avaliadas tanto em nível técnico quanto ambiental, uma vez que existem divergências no que se refere aos resíduos gerados pelo plástico oxibiodegradável e seus efeitos sobre o meio ambiente, enfatizou a diretora-presidenta da Fepam, Ana Pellini, que coordenou a reunião em substituição ao secretário Otaviano Moraes.
A preocupação do Grupo de Trabalho se refere ao fato de que os materiais plásticos convencionais não se decompõem. O lixo urbano e os detritos acumulados nos aterros sanitários levam anos e até décadas para degradar. O lixo urbano representa poluição visual e efeitos diretos no entupimento de esgotos e galerias, além de provocar efeitos danosos à fauna marinha quando são levados aos rios e mares.
Nos aterros sanitários, o plástico convencional, além de demorar muito tempo para degradar, impede ou atrasa a degradação dos resíduos que estiverem em seu interior. Isto resulta em perda de espaço precioso nos aterros sanitários e efeitos danosos ao solo e à saúde pública. Os plásticos fabricados com o aditivo oxibiodegradável ainda estão cercados por muita polêmica, devido a falta de informação sobre os resíduos gerados pelo mesmo.
Participam do Grupo de Trabalho a coordenadora estadual do Procon/RS, Adriana Burger, as técnicas da Fepam, Carmem Níquel e Gilcléa Lopes Granada; o representante da Fecomèrcio, Ricardo Kalil Abud;a representante da Associação Gaúcha de Supermercado (Agas), Edina Fassini e os representantes da rede de supermercados WallMart, Tatiana Franco Gonçalves e Juliana Nunes.
(Imprensa Sema/Fepam, 27/11/2007)