A Comissão Especial para tratar dos carroceiros em Porto Alegre recebeu, no início da noite desta segunda-feira (26/11), na Sala Milton Santos da Câmara Municipal, integrantes do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). Os trabalhadores na limpeza pública falaram sobre como o órgão vem trabalhando nas questões dos resíduos em relação aos carroceiros.
Diretor-geral do DMLU, Mário Moncks disse que a prefeitura passou por uma fase de transição na coleta de lixo da Capital em razão da troca da empresa responsável pelo recolhimento, mas acredita que em cerca de 120 dias a situação terá uma grande mudança. “Assim que conseguirmos implantar o novo sistema vamos ampliar em muitas toneladas a coleta. Se não houver lixo nas ruas, vamos diminuir sensivelmente a ação dos carroceiros, pois não haverá o objeto do trabalho”, ponderou.
O diretor também salientou que a prefeitura está investindo nos galpões de reciclagem de lixo, criando oportunidade de trabalho para carroceiros. “Temos que atrair as pessoas com a criação de cooperativas, criando refeitórios e creches para estes trabalhadores. Precisamos de uma conjunção de esforços neste sério problema”, enfatizou ele, lembrando também que existem galpões clandestinos que sublocam carrinhos em condições ruins de trabalho.
Para o diretor da Divisão de Projetos Sociais, Reaproveitamento e Reciclagem do DMLU, Jairo Armando dos Santos, os carroceiros e carrinheiros conhecem a logística da coleta e acabam prejudicando áreas da cidade. “Eles retiram o material que tem valor, e deixam resíduos sobre as praças, ruas e arroios”, afirmou. Santos estima que hoje em Porto Alegre há 6 mil pessoas que sobrevivem desta atividade.
Para o presidente da Comissão Especial, vereador Adeli Sell (PT), a cidade precisa de uma ação integrada, com o aumento das unidades de reciclagem. “Não podemos esquecer da inclusão social. Por isso, precisamos saber do Executivo quando começa o esforço global para resolver estes problemas, e esta comissão vai ajudar”, relatou.
Adeli ainda ponderou que questões como a licença ambiental para os galpões e a fiscalização são fundamentais nesta para o problema. O parlamentar relatou que o modelo adotado pelo DMLU até o momento é o correto.
Participaram também da reunião os vereadores Dr. Goulart (PTB) – relator da Comissão Especial, Cláudio Sebenelo (PSDB) e Sebastião Melo (PMDB), além do supervisor de operações do DMLU, Adelino Lopes Neto.
(Por Leonardo Oliveira, Ascom CMPA, 27/11/2007)