A erosão e o lixo, oriundo de bocas-de-lobo ou depositado diretamente nos arroios, são as principais causas de alagamentos na Capital. Para que a água flua melhor em direção ao Guaíba e não cause transtornos à população, a prefeitura faz periodicamente, por meio do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), a dragagem dos 28 arroios da Capital.
Moradores da Vila Dique, no Bairro São João, e das proximidades do Arroio Dilúvio, que atravessa pelo menos dez bairros, estão sendo beneficiados pelo trabalho de duas dragas cedidas pelo governo do Estado. Em visita às obras de dragagem do Dilúvio, em setembro, o prefeito José Fogaça destacou o compromisso da prefeitura com o meio-ambiente e a prevenção de alagamentos. "É uma obra muito importante, especialmente para a conscientização da população, chamando atenção para os efeitos que a própria cidade produz."
A prioridade são locais críticos, onde há maior acúmulo de areia e lixo, com o cuidado para não mexer no leito natural do arroio, que poderia causar o desequilíbrio de seu curso. O processo é demorado, já que o material retirado precisa secar antes de ser transportado para o lixão do Bairro Serraria.
Vila Dique
Na Vila Dique, a dragagem do arroio não era feita há cerca de oito anos. A grande quantidade de lixo depositado pela população e a necessidade de desafogar a pista do Aeroporto Salgado Filho foram decisivos para a prioridade de desassoreamento. Segundo a presidente da Associação dos Amigos e Moradores da Vila Dique, Ernedina Espíndola, a comunidade está satisfeita com a dragagem, mas continua jogando lixo no local. “Pretendemos começar uma vida nova e conscientizar a comunidade a reciclar o lixo, para que a gente não sofra mais com esse problema”, diz.
Trezentos caminhões
No arroio da Vila Dique, desde julho, foram retiradas 15 mil toneladas de detritos e a previsão de término dos trabalhos é para o final deste mês.
No Dilúvio, foram retiradas 36 mil toneladas retirado e mais de três quilômetros de dragagem concluída desde o início dos trabalhos, em outubro do ano passado. Duas dragas retiram de dois a três mil metros quadrados por mês, o equivalente a 300 caminhões.
(Ascom Prefeitura de Porto Alegre, 26/11/2007)