O diretor de Biodiversidade do Instituto Chico Mendes, Rômulo Mello, critica a captura de baleias promovida pelo Japão. No último dia 18, quatro navios japoneses partiram para a Antártida para caçar esses animais com o pretexto de que serão usados para pesquisas.
Segundo Mello, o Brasil está trabalhando na Comissão Internacional das Baleias para restringir o número de animais que podem ser abatidos. A pesca para fins comerciais está proibida desde 1986 pela comissão, mas os navios japoneses foram autorizados a capturar baleias para pesquisa científica.
"Por meio da justificativa da pesquisa científica, está sendo capturado um número altíssimo de animais, o que deve trazer um impacto significativo sobre a população das baleias", avaliou o diretor de Biodiversidade.
Rômulo Mello explicou que a posição defendida pelo governo brasileiro na comissão consiste em conciliar a exploração econômica com a preservação das baleias: “O Brasil defende no plano internacional o uso não-letal das baleias, ou seja, o turismo de observação, para permitir que os animais possam gerar emprego e renda sem ser abatidos”.
A organização não-governamental Greenpeace também está promovendo ações contra a captura de baleias. Barcos da ONG estão seguindo a frota japonesa para evitar a matança.
(Por Daniel Mello, Agência Brasil, 24/11/2007)