Após destruir 51 imóveis --incluindo 49 residências-- o incêndio que se alastrou por Malibu (Califórnia) neste sábado já está praticamente sob controle, afirmam as autoridades locais. Um destacamento do Corpo de Bombeiros já foi desmobilizado, embora o fogo não esteja inteiramente contido. Segundo a agência Associated Press, a contenção total é esperada até a próxima terça-feira. Desde que teve início --na madrugada de sábado-- o incêndio já destruiu 51 imóveis, incluindo 49 residências, e danificou outros 27. A área devastada é equivalente a 2.000 hectares. Estima-se que entre 10 mil e 40 mil pessoas tenham sido retiradas da região atingida.
Durante os trabalhos de controle, seis dos 1.700 bombeiros deslocados para a região acabaram feridos. O incêndio começou em uma área florestal perto de Malibu e rapidamente se propagou --impulsionado pelos ventos Santa Ana-- para mansões construídas na costa do oceano Pacífico, onde vivem muitas estrelas de Hollywood. As autoridades locais já admitiram que o incêndio teve causas humanas, mas não concluiu se houve intenção criminosa.
A redução da velocidades dos ventos contribuiu para que o incêndio não tomasse proporções maiores. Mas o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, reativou o estado de emergência. A comunidade local vinha se recuperando dos estragos causados pelo incêndio que devastou parte da Califórnia (4.500 hectares) em outubro. Na ocasião, oito pessoas morreram e ao menos 600 mil tiveram de deixar suas moradias.
Essa é a segunda vez em um mês que moradores de Malibu precisam deixar suas moradias. Desde que construiu sua casa, em 1990, Glen Sunyich já viu as chamas se alastrarem pela montanhas de Malibu ao menos três vezes, mas agradeceu por sua casa ter sido poupada. Neste sábado, na quarta vez em que sua região é castigada pelo fogo, Sunyich não teve a mesma sorte. Sua casa estava entre as 49 que foram completamente destruídas pelo incêndio que teve início ontem e foi rapidamente espalhado pelos ventos de Santa Ana. "Dessa vez eu perdi", disse Sunyich.
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Folha Online, com France Presse, Associated Press, Reuters e Efe, 25/11/2007)