Os pequenos produtores querem acelerar as negociações para a instalação de três miniusinas no Estado. As máquinas serão obtidas por meio de projetos dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Ciência e Tecnologia em parceria com a UFPel e a Fetag, que prevêem produção de biodiesel e de etanol a partir da cana-de-açúcar. O presidente da Fetag, Elton Weber, estará em Brasília na próxima semana, onde buscará definições sobre a questão. 'Esperamos estar com tudo acertado em 2008', disse.
A primeira unidade será instalada em Santa Cruz do Sul e irá processar oleaginosas para obtenção de biodiesel. 'Servirá como alternativa para a conversão do fumo', explicou Weber. O segundo projeto prevê a construção de miniusina para transformação de cana-de-açúcar. Segundo Weber, a disputa pelo investimento está entre as regiões das Missões e de Frederico Westphalen. Uma terceira planta ainda está em estudo. O custo dos equipamentos deverá ser bancado pelo governo federal e cooperativas envolvidas. 'Elas servirão de teste para o cultivo da cana no RS', salienta o dirigente.
Segundo zoneamento da Fepagro, as regiões do Litoral Norte, da Depressão Central, do Médio e Baixo Vale do Uruguai são as mais propícias ao cultivo da gramínea no RS. A expectativa é que o mapeamento do Ministério da Agricultura para o plantio da cultura no Estado saia em 2008. Contudo, conforme o coordenador-geral de zoneamento do Mapa, Francisco Mitidieri, não há data para a publicação. O Rio Grande do Sul tem mais de 500 mil hectares aptos ao cultivo da gramínea, 177,7% a mais do que o mínimo de 180 mil hectares que o concederiam a auto-suficiência de etanol ao Estado.
(Por Thaíse Teixeira,
CP, 25/11/2007)