O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, com a participação de cinco fiscais da Estação Ecológica do Taim, e a Marinha do Brasil, com três militares do Grupamento de Fuzileiros Navais e dois da Capitania dos Portos, realizaram operação conjunta de fiscalização em áreas das lagoas Mirim e Mangueira, de sábado até ontem. Os locais fiscalizados foram a Vila de Santa Isabel, à margem leste da Lagoa Mirim, desde a foz do arroio São Gonçalo até o Arroio Taim, e o porto do Amauri, na Lagoa Mangueira. Durante a operação, foram apreendidas 153 redes com malhas de 35 e 40 milímetros, que são proibidas na região; duas armas de fogo e munição e uma carcaça de capivara salgada.
Aos infratores, foram aplicadas três multas e duas advertências. Conforme o administrador da Estação Ecológica do Taim, Amauri Motta, o objetivo da fiscalização em conjunto é evitar o desrespeito ao defeso da pesca, que é de grande importância para a sustentabilidade das espécies de pescado com interesse comercial, além das demais espécies. Atualmente, acontece o período de defeso nas lagoas Mirim e Mangueira. "Já conhecemos as localidades em que, infelizmente, não há respeito pelo defeso e é sobre elas que a fiscalização será intensificada com aplicação rigorosa da legislação, considerando que todos já têm amplo conhecimento do defeso e das normas a serem obedecidas", observou.
Sobre o comércio de redes com malhas de tamanho inferior a 45 milímetros, na região Sul, Amauri Motta disse entender que o setor político deveria ser mobilizado para trabalhar pela proibição da fabricação, comércio, transporte, guarda e uso desse material. "No fim, é sempre o pescador que acaba penalizado, enquanto o comerciante e o industrial, que oferecem o produto no mercado, nada sofrem. Isso não está correto. É preciso fazer algo para que este tipo de rede desapareça do comércio", destacou.
(Carmem Ziebel, Jornal Agora, 23/11/2007)