O Projeto Estruturante de Agroenergia do RS contará com R$ 4.166.000,00 para o desenvolvimento de pesquisas nos próximos dois anos. Os recursos serão concedidos pela Finep (R$ 2,5 milhões) e pelo governo do Estado (R$ 1,6 milhão) e destinados a estudos das áreas agronômica, coordenada pela Fepagro, industrial (Cientec), biotecnológica (Ufrgs), Ambiental (Fepam) e socioeconômica (Unisinos). As instituições receberão a verba por um termo de outorga elaborado pela Fapergs, que estará finalizado até a próxima semana.
Conforme o coordenador da área agronômica do projeto, Nídio Barni, que esteve, ontem, na audiência pública da Comissão de Agricultura da Assembléia Legislativa, do montante previsto, R$ 1.333.431,73 será destinado à pesquisa e assistência técnica para o aprimoramento do cultivo de girassol, canola e mamona destinados ao biodiesel e cana-de-açúcar, mandioca e batata-doce para etanol. 'Precisamos formar uma massa crítica de pesquisadores e extensionistas para atuarmos de forma mais consistente', argumentou Barni.
O presidente da Comissão de Agricultura, deputado Adolfo Brito, assegurou que os parlamentares apoiarão as pesquisas, inclusive da mamona, tema do encontro de ontem. 'Buscamos uma política que dê condições de o pessoal trabalhar com mais garantia', frisou.
O presidente da Cooperativa dos Produtores de Mamona (Coopromo), Renato Martinez, destacou os baixos resultados de 2006. 'Reduzimos o plantio em 80% neste ano, só continuou na atividade quem teve um mínimo de produtividade', revelou.
O superintendente do BB no Estado, Ary Joel Lanzarin, que esteve representado por José Alves de Lima Machado na AL, reafirmou a posição da instituição com relação ao aporte de crédito para o plantio da mamona. 'Temos recursos do Pronaf para financiar o produto', garantiu.
(Correio do Povo, 23/11/2007)