Militantes do Greenpeace tiraram a roupa ontem (22/11) durante uma conferência sobre energia nuclear que tinha a participação do presidente israelense, Shimon Peres. Eles queriam denunciar a proliferação de armas atômicas no Oriente Médio. Os militantes exibiram em um primeiro momento na conferência, organizada pela Universidade de Tel Aviv, cartazes com frases como 'Limpar o Oriente Médio da tecnologia nuclear' e 'Um novo Oriente Médio é um Oriente Médio sem armas nucleares'.

Esta última fazia referência ao 'Novo Oriente Médio' defendido pelo presidente israelense desde a assinatura dos acordos para a autonomia palestina em 1993. Minutos depois, os ativistas tiraram as roupas no meio do salão. Em seguida foram expulsos do local pelos seguranças da universidade.

Segundo informam especialistas estrangeiros, Israel dispõe de pelo menos 200 ogivas nucleares, além de mísseis de longo alcance e submarinos que podem disparar mísseis balísticos. Israel se nega a assinar o Tratado de Não Proliferação (TNP) de armas atômicas e também não admite que tenha essas armas.

Peres é considerado o 'pai' do programa nuclear israelense, que foi desenvolvido nos anos 50 com a cooperação da França. Acredita-se que o primeiro teste nuclear israelense tenha sido realizado em 1979, mas desde 1969 os Estados Unidos consideram Israel uma potência nuclear.
 
(CP, 23/11/2007)