Mesmo com a conclusão de que sete marcas de água não apresentam impurezas em sua composição, o capixaba deve continuar sem consumi-las. A recomendação é da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e do Ministério Público Estadual (MPE), que apontam para a necessidade de se atestar que essas empresas são idôneas.
Um novo laudo da Vigilância Sanitária aprovou as marcas Pedra Azul, Uai, Xuap, Dupote, Acqua Reale, Campinho e Gellose. Elas não possuem impurezas em sua composição e, por isso, quem consumiu a água não se expôs a nenhum risco de contaminação.
Ainda faltam ser analisadas as marcas Ingá, Avita, Iate, Açaí, Nova Esperança, Linhágua, Calogi e Paraju. A expectativa é que os resultados saiam até esta sexta-feira (23), e as marcas retornem ao mercado logo em seguida.
O consumidor está confuso. Além do alarme à população de que a água consumida poderia estar contaminada ou imprópria, as informações sobre a proibição no mercado são contraditórias.
Nesta quarta-feira (21), o MPE informou que os estoques seriam zerados em todos os postos comerciais, até que as dúvidas sobre a qualidade das águas e a idoneidade das empresas fossem comprovadas. Já o DPNM divulgou que a partir desta sexta-feira (23), as águas encontradas no comércio já poderão ser consumidas.
Entre os problemas apontados pelo DNPM encontrados nas concessionárias responsáveis pelas marcas listadas estão a falta de registro da fonte de água, a falta de higiene e o descumprimento de normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com o Ministério Público Estadual, não haverá tolerância com as empresas que estão sem registros ou apresentam rótulo da água com a composição diferente à vendida para o consumidor. O órgão pediu à Delegacia do Consumidor que abra um inquérito policial para investigar as irregularidades encontradas nas concessionárias capixabas, ao todo 12, para verificar de quem é a responsabilidade sobre a água comercializada fora das exigências da lei no Estado.
Representantes das empresas citadas e dos órgãos envolvidos estão reunidos na tarde desta quinta-feira (22), em audiência pública no MPE.
(Por Flávia Bernardes
, Século Diário, 23/11/2007)