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dependencia tecnologica passivos dos biocombustíveis
2007-11-22
Exatamente, 3.700 watts por metro quadrado chegam ao planeta a cada segundo. A partir daí movimenta o ar – os ventos - , por conseqüências, as marés, nos oceanos, as correntes mais fortes na altitude (a partir dos 10 km), e a energia da luz visível, parte usada pelos vegetais na fotossíntese, transformada em biocombustíveis. Mas existe uma diferença fundamental na corrida em busca de alternativas energéticas: o dinheiro para investir. Por exemplo, a partir do próximo ano começará a ser construído no sudeste da França, um reator termonuclear que funciona com combustível a base de fusão nuclear (agrupando átmos, e não dividindo como no caso da bomba atômica). Custará US$10 bilhões e funcionará a partir de 2016.

O problema da fusão, tecnologia que explica o funcionamento do sol – funde hidrogênio em hélio e produz energia – é a manipulação, conduzir experiências que envolvem temperaturas de 100 milhões de graus centígrados. Lógico, investimento de rico. Aos pobres e tupiniquins sobrarão as alternativas mais óbvias e simples, como produzir álcool. Quem sabe a produção alcance 3 trilhões de litros, equivalente aos 8,5 bilhões de toneladas de petróleo consumidos anualmente. Vai ocupar 427 milhões de hectares – o Brasil ocupa 40 milhões com a soja, milho e cana, juntos.

A busca pelas energias do futuro envolve conceitos revolucionários, mudanças estratégicas, estruturas diferentes. Como tubos metálicos verticais com rotores que sugam a energia das marés. Ou colocados ao sabor das ondas, com 120 metros de comprimento, mesmo em meio as tempestades oceânicas. Até pouco tempo atrás se contavam duas ou três experiências de aproveitamento da energia das marés, no mundo. Agora, a Inglaterra está planejando substituir 15% da produção de eletricidade com este tipo de geração. Os projetos funcionam na França, no Canadá, na Irlanda do Norte, em Portugal e China. Seis turbinas de 30 kw começarão a funcionar no East River, na cidade de Nova York .

Testando tudo
Ventos na troposfera, primeira camada da atmosfera, são permanentes e de alta velocidade (são chamados de jatos). Cerca de dois terços da energia eólica (dos ventos) estão localizadas na altitude superior. O problema é como chegar lá? Balões imensos, tipo dirigíveis, movido a gás hélio, com mecanismos de captação da energia, transmitida para estações na terra, via cabo. Também poderia ser uma fileira de pipas gigantes, ligadas por fios, formando uma escada, subiria e desceria ao solo acionando um gerador, chamada de “laddermill” (moinho de escada).

Se alcançar a corrente de jato poderia produzir até 50 megawatts de energia, é o que garante a astronauta Wubbo Ockels e seus alunos da Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda. Na latitude entre 20 e 40 graus, no Hemisfério Norte, inclui, Estados Unidos, Japão, China a 10 km de altitude a energia eólica sobe para 5 ou até 10 mil watts por metro quadrado. Por isso mesmo, experiências acontecem na Califórnia e também no Canadá.

A revolução no aproveitamento da energia solar envolve a nanotecnologia, a exploração de partículas microscópicas (divididas por milhão, bilhão). As atuais baterias de silício que acumulam energia solar não são eficientes e custam muito. Rendem apenas 22% na exploração energética, a maioria acumula calor – um fóton de luz consegue liberar apenas um elétron. Descobertas recentes, usando pontos quânticos, com largura inferior a bilionésimos de metro, no Laboratório Nacional de Energia Renovável, no Colorado e no Laboratório Nacional de Los alamos, no Novo México (EUA) mudarão totalmente o cenário. As nanovaretas, como são chamados aumentam a absorção da luz solar, aumentam a faixa de comprimentos de onda solar e conseguem soltar até sete elétrons por fóton.

A empresas Nano solar, na região de São Francisco está construindo uma fábrica que produzirá 200 milhões de baterias por ano, com partículas metálicas nanoscópicas, coletoras de luz. A empresa diz que vai custar US$ 0,50 por watt. A Schell já tem uma subsidiária produzindo baterias solares e a Bristish Petroleum (BP) lançou em junho, juntamente com o Instituto de tecnologia da Califórnia, um projeto para produção de baterias solares de alta eficiência com nanovaretas de silício.

Nada é mais visionário do que a produção biológica de combustíveis. Ou seja, produzir um microrganismo em laboratório, que transformará determinada matéria-prima em etanol, por exemplo. Ou conseguirá capturar gás carbônico diretamente nas usinas movidas a carvão vegetal. Steven Chu, diretor do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, anunciou que sua equipe está concluindo uma proposta de um grande projeto de exploração da energia solar e transformà-la em combustível, com as ferramentas da engenharia genética. Diz ele que o processamento biológico seja bem mais eficiente que os processos intensivos em energia, como a explosão a vapor e a hidrólise térmica, atualmente usadas para produzir etanol.

A verdade é simples: novamente os países ricos, aproveitam o dinheiro acumulado dos tempos atuais, para produzir novas tecnologias, independentes do que fazem ou não, os emergentes. Também pode significar mudanças radicais nos próximos 10 ou 20 anos.

E aí, o que faremos nós com uma parte de território ocupada com cana-de-açúcar? Sem contar o desmatamento da Amazônia, que é a conseqüência mais direta do avanço da cana no Centro-Oeste. Com a redescoberta do Campo de petróleo Tupi, na Bacia de Santos – 5 a 8 bilhões de barris, a 7 quilômetros de profundidade a conversa já mudou de direção. Mesmo que cada poço custe a bagatela de 150 milhões de reais. A crosta oceânica, em algumas regiões, chegou a 9 quilômetros.

A cada quilômetro a temperatura sobe 35 graus centígrados. Na área do campo deve atingir uns 245 graus centígrados. Além da pressão, que também aumenta. Bem, isso tudo são detalhes para os próximos 10 anos. O que não dá é decidir agora o que talvez perca a importância e o sentido, nos próximos anos.

(Por Najar Tubino, EcoAgência, 21/11/2007)

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