Canoas - Trinta e sete mil, setecentos e trinta e oito reais. Este é o valor que Alberto Pasqualini - Refap S.A. terá que pagar como responsável pelo derramamento de óleo no arroio Sapucaia, na divisa das cidades de Canoas e Esteio, e no arroio Guajuviras, no dia 1º de novembro. O auto de infração foi entregue pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) à empresa nesta quarta-feira. A Refap informa que está avaliando o documento e irá se manifestar dentro do prazo estipulado pelo órgão.
Além da multa, a Fepam determinou à empresa um prazo de 30 dias para realizar o desassoreamento do arroio Guajuviras, no trecho interno da empresa, bem como apresentar relatório ambiental da ocorrência. Segundo a Fepam, o acidente colocou em risco a saúde pública e destruiu parte da vegetação ciliar. A Refap terá ainda 90 dias para apresentar estudo hidrológico que contemple medidas de controle de vazão dos arroios Sapucaia e Guajuviras e projeto de desassoreamento do arroio Sapucaia, entre outras exigências.
O derramamento de óleo no Sapucaia ocorreu na madrugada do dia 1º, quando a estação de tratamento de efluentes líquidos da refinaria transbordou, fazendo com que a substância chegasse ao arroio. Ao todo, entre 16 mil e 18 mil litros de óleo atingiram as águas do Sapucaia e o acidente teve uma extensão de sete quilômetros. Uma pequena parte do resíduo chegou ao Rio dos Sinos, fazendo com que as estações de tratamento de água de Canoas, Esteio e Nova Santa Rita paralisassem por alguns minutos. A fim de retirar o cheiro do óleo da água, a Corsan colocou maior quantidade de carvão ativado à água.
Durante mais de uma semana, uma equipe do Centro de Defesa Ambiental (CDA) da Petrobras para o Sul removeu, manualmente, a substância do arroio. Também foi feita limpeza em uma lavoura de arroz nas proximidades do Sapucaia. O trabalho foi acompanhado por técnicos da Fepam. Uma das primeiras medidas foi a colocação de 11 barreiras flutuantes ao longo do Sapucaia.
(Diário de Canoas, 22/11/2007)