O mundo sabe o tipo de destruição que o furacão Katrina trouxe à Nova Orleans, em 2005, e outras cidades na Costa do Golfo. Os pesquisadores analisaram imagens de satélite de antes e depois do furacão para determinar a mudança na “vegetação sem fotossíntese” – em outras palavras, o aumento na madeira morta e resíduos no chão. Depois, eles analisaram amostras das regiões de floresta, correspondentes à pontos de informação das imagens, e contaram árvores danificadas ou derrubadas. “Muitas deixaram de serem árvores vivas para serem resíduos”, disse Chambers.
As descobertas têm implicações para a quantidade de carbono nas regiões de florestas. Pela fotossíntese, as árvores vivas armazenam carbono, mas quando elas morrem, entram em decomposição, e a ação desses organismos se decompondo libera carbono.
Apesar das árvores eventualmente crescerem em uma floresta muito danificada, disse Chambers, “demora muito mais para recuperar a biomassa do que para perdê-la”. Em alguns casos, ele acrescentou, é possível que uma floresta deixe de ser uma rede de armazenamento de carbono e passe a ser uma fonte.
Isso pode acontecer mais no futuro, ele disse, porque uma conseqüência esperada das mudanças climáticas é o aumento na quantidade de tempestades fortes. Isso pode significar mais florestas danificadas, com mais árvores em decomposição do que vivas. “Você poderá ver mais ecossistemas terrestres ficando mais próximos de fontes de carbono do que de estoques”, ele disse.
(Por Henry Fountain,
The New York Times, 21/11/2007)