Aperfeiçoar a legislação do terceiro setor, trabalhar na formação de líderes, instituir fundos para garantir a auto-sustentabilidade e buscar recursos junto a instituições de fomento internacionais. Estes foram os pontos destacados pelo secretário da Justiça e do Desenvolvimento Social, Fernando Schüler, no seminário Compromisso Social com Futuro: Fundos Permanentes & Sustentabilidade do Terceiro Setor, que se realizou nesta quarta-feira (21/11), no auditório do Ministério Público. Segundo ele, o Rio Grande do Sul caminha para ser o primeiro Estado com uma atuação consolidada no terceiro setor nos próximos dez anos. "É preciso trabalhar a médio e longo prazos. Até agora, o terceiro setor pensou suas ações no curto prazo", observou Schüler.
O secretário destacou ainda o papel da Fundação Gerações – entidade de direito privado, sem fins lucrativos e criada através das ações da Rede Parceria Social, da secretaria. A Fundação Gerações terá a finalidade de contribuir para a sustentabilidade permanente das organizações do terceiro setor no Estado, cuja formação ocorrerá a partir de doações espontâneas e por 5% dos valores destinados a projetos sociais.
Integram a Fundação Gerações Instituto Nestor de Paula, RGE, Gerdau, Fundação Vonpar, AES Sul, Caixa RS, Copesul e Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho. Citou como exemplo a carteira de projetos da Rede Parceria Social de Fundo de Incentivo, que visa a estimular a cultura das doações entre os gaúchos.
Pela manhã, o consultor do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) Eduardo Szazi , advogado especialista em terceiro setor, avaliou conceitos, aplicação à realidade e apresentadas às experiências concretas de iniciativas nacionais e internacionais sobre fundos patrimoniais e fundações.
A experiência de gerenciar uma fundação foi relatada pela presidente da Fundação Tide Setubal, Maria Alice Setubal, de São Paulo. Com uma atuação localizada no bairro de São Miguel Paulista, na zona leste da capital paulista, que conta com uma população de 400 mil habitantes – das quais 80 mil vivem com menos de um salário mínimo -, a entidade trabalha voltada para o desenvolvimento local e desenvolve ações socioeducativas para adolescentes.
Maria Alice ressaltou que o grande desafio é contribuir para o desenvolvimento local e o fortalecimento dos grupos que vivem na região. Acrescentou que a fundação faz o acompanhamento dos resultados e a melhoria dos indicadores sociais, além de realizar um planejamento de médio e longo prazos para que se alcancem resultados.
(Ascom Governo do Estado do RS, 21/11/2007)
http://www.rs.gov.br/master.php?capa=1&int=noticia¬id=62951