Na América Latina existem 103 milhões de pessoas que não contam com saneamento básico, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), analisados durante a Primeira Conferência Latino-americana de Saneamento "Latinosan 2007". De acordo com a informação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), durante o evento se analisou o drama que vivem os 103 milhões de pessoas que carecem de saneamento, já que a situação põe em perigo o alcance de um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), determinados para 2015.
Para Alan Court, diretor global dos Programas da Unicef, para cumprir o compromisso de reduzir para a metade a proporção de gente sem acesso ao saneamento básico na região, é necessário que 10 milhões de pessoas por ano, que careciam deste insumo, obtenham este serviço fundamental. Segundo Court, o alcance do objetivo somente será alcançado com o compromisso político dos ministérios e delegações que participaram do Latinosan 2007, assim como das autoridades de todos os países do continente.
O especialista indicou que outro ponto chave em que coincidiram os relatores para melhorar a qualidade de vida dos latino-americanos é garantir a higiene das populações mais vulneráveis, principalmente das mulheres, meninas, meninos e os indígenas, que são os mais afetados pela carência destes serviços. A atividade acontece em Cali, Colômbia, na qual existem mais de 800 pessoas provenientes de 22 países da América Latina, entre eles especialistas e representantes da comunidade internacional, que analisarão o tema do saneamento básico.
(Cerigua /
Adital, 20/11/2007)