Para continuar o debate, comissão será formada por vereadores de câmaras dos municípios envolvidos
Farroupilha - Não há como o projeto da freeway da Serra - a via expressa que ligaria Carlos Barbosa a Caxias do Sul, passando por Garibaldi, Bento Gonçalves e Farroupilha - começar a ser desenhado sem um estudo prévio de impacto ambiental. A afirmativa foi exposta ontem pelo representante do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer-RS), engenheiro Carlos Campos, em reunião realizada no salão nobre da prefeitura de Farroupilha com vereadores da Serra. A discussão ecológica foi antecipada na edição de ontem do Pioneiro, quando foi elencada como uma das principais dificuldades no caminho da construção da via expressa.
- O projeto dessa estrada partiria de um estudo de impacto que a obra causaria ao meio ambiente. Hoje, somos muito pautados, em termos de projeto, com relação a isso - apontou Campos.
- Somente a partir daí faríamos um projeto com o menor impacto ambiental. Além disso, é obrigação estudar um traçado alternativo, algo que já aproveite as estradas vigentes - complementou o engenheiro.
O posicionamento de Campos não soou como contrariedade ao projeto da via expressa. Pelo contrário. Ele afirmou que a freeway da Serra não é apenas um sonho:
- Não podemos enxergar nada como utopia. Um engenheiro é preparado para ver bem além.
Entusiastas da via expressa trataram de lembrar os primeiros esboços da Rota do Sol para identificar viabilidade no modelo atual.
- Nossa idéia pode ser considerada utópica. Mas temos como exemplo a Rota do Sol, que teve seu início em 1972, e hoje, 35 anos depois, estamos com ela quase pronta - relacionou Fernando Silvestrin (PDT), vereador farroupilhense.
Para dar andamento ao assunto, foi estabelecido que uma comissão, composta por vereadores das câmaras beneficiadas pela futura estrada, será criada até o fim desta semana.
(Por Fábio da Câmara, O Pioneiro, 21/11/2007)