O diretor de exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, disse ontem que a estatal petrolífera pretende iniciar até o fim de 2010 a construção de uma planta piloto para a produção do mega campo de petróleo e gás de Tupi, na Bacia de Santos.
Segundo ele, essa unidade piloto de produção terá capacidade para extrair 100 mil barris por dia de óleo e entre 1,5 milhão e 2 milhões de metros cúbicos diários de gás natural.
Estrella ressaltou que na exploração de Tupi a Petrobras pretende perseguir o objetivo de não desperdiçar gás natural. Considerando a distância da plataforma até a costa, de 250 quilômetros, a Petrobras estuda três alternativas à solução padrão que seria construir um gasoduto para transportar o gás. "O gasoduto não está descartado. Avaliamos que esta solução custaria muito caro devido à distância para a costa", afirmou.
A primeira das três alternativas que a Petrobras estuda prevê a construção de termelétricas flutuantes para gerar energia no mar usando o gás da plataforma. Nesse caso, a energia elétrica seria conduzida ao continente por meio de cabos submersos.
Outra opção seria transformar o gás em líquido ainda em alto mar e transportá-lo como gás natural liquefeito (GNL) até as unidades de regaseificação, que a Petrobras irá instalar em Pecém (no Ceará) e no Rio de Janeiro.
A terceira alternativa seria construir cavernas na camada de sal acima da área de onde serão extraídos o petróleo e gás. Essas cavernas poderiam servir como depósito de gás e petróleo até a empresa decidir um destino para os produtos.
Segundo o diretor, a Petrobras pretende definir a solução a ser dada ao gás de tupi no primeiro semestre de 2008.
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A Tarde, 20/11/2007)