Os governos dos Estados Unidos e da Rússia assinaram hoje um acordo para eliminar o excesso de 34 toneladas de plutônio do programa armamentístico russo, informou o Departamento de Energia norte-americano. Sob o novo acordo, assinado pelo secretário de Energia dos EUA, Samuel W. Bodman, e o diretor da Agência Federal de Energia Atômica da Rússia, Serguei Kiriyenko, o governo americano colaborará com a Rússia para transformar o plutônio, usado para fabricar armas nucleares, em combustível para reatores.
O combustível seria utilizado em dois reatores de nêutrons rápidos, um operacional e o outro em construção, na localidade de Beloyarsk. No marco do acordo, os EUA continuarão colaborando no desenvolvimento de um reator de alta temperatura resfriado por gás, que poderia criar outra possibilidade para eliminar o plutônio russo.
Os Governos da Rússia e dos Estados Unidos também acertaram que os dois reatores nucleares de nêutrons rápidos eliminarão o plutônio em excesso sem acumular novo material deste tipo. O acordo assinado hoje prevê que a Rússia comece a eliminar o plutônio em 2012 para o reator que já está operacional e para o outro em construção pouco tempo depois.
Uma vez que a eliminação tenha começado, os dois reatores juntos poderão eliminar aproximadamente 1,5 tonelada de plutônio por ano. A Rússia promoverá este programa com o financiamento dos EUA, que contribuirá com US$ 400 milhões para o esforço russo pela não-proliferação de armas nucleares, como tinha sido estabelecido em 2000 no "Acordo sobre Gestão e Eliminação de Plutônio". O acordo entre ambos os países também prevê que os EUA se desfaçam de 34 toneladas de plutônio capaz de ser utilizado em armas nucleares.
(AGÊNCIA EFE,
Clic RBS, 21/11/2007)