O lançamento ontem (20/11) pelo governo do pacote que pretende investir R$ 41 bilhões na ciência e tecnologia até 2010, agradou a pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade de São Paulo (USP). Para eles, o volume de recursos é significativo e atende à expectativa da comunidade científica. No entanto, os pesquisadores esperam que o dinheiro, de fato, chegue aos laboratórios para impulsionar as pesquisas científicas no país.
Para Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), o programa significa que a ciência passou a ocupar lugar importante nas políticas públicas. “O projeto é um passo significante e otimista”, ressaltou.
O cientista, no entanto, se preocupa com o possível contingenciamento dos recursos. "Se o investimento for cumprido e o programa estiver livre dos contingenciamentos e das restrições da política monetária, isso é muito bom", defendeu Pinguelli.
Diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da USP, a geneticista Mayana Zatz afirma que nunca foram destinados tantos recursos para o setor. Ela destacou como uma das principais conquistas a simplificação das importações de produtos e de insumos de pesquisas científicas e tecnológicas. "Se não houver agilidade na importação, se não houver desburocratização, a gente não vai ser competitivo", argumenta a pesquisadora da USP.
(Por Gislene Nogueira,
Agência Brasil, 20/11/2007)