O governo do Estado fará nos próximos quatro anos o que o Rio Grande do Sul levou 40 anos para ver realizado em captação, tratatamento e distribuição de água potável e na coleta, no transporte e tratamento de esgotos. Para tanto, serão investidos até 2011 mais de R$ 1 bilhão, dos quais farão parte R$ 573 milhões correspondentes a recursos próprios da Corsan. A determinação de promover uma “verdadeira revolução no saneamento básico” foi anunciada pela governadora Yeda Crusius, nesta terça-feira (20/11), quando também foi lançada uma campanha publicitária para divulgar o projeto aos gaúchos.
Atualmente, o Rio Grande do Sul tem um dos mais baixos índices de esgotamento sanitário do país. Nos 320 municípios atendidos pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), somente 13% dos domicílios dispõem de tratamento de esgoto. Incluindo-se os municípios onde a Corsan não tem concessão, o percentual de domicílios com o serviço no Rio Grande do Sul baixa para apenas 5%.
Com os investimentos a serem feitos até o final do governo Yeda Crusius, o Estado planeja elevar para até 30% o índice de domicílios com esgotamento sanitário nos municípios servidos pela Corsan. No caso de domicílios que contam com água tratata, o percentual já chega a 95% nas localidades em que a Corsan está presente.
“Na medida em que se trata esgotos, se recupera mananciais hídricos e se melhora a qualidade da água, está se oferecendo melhores condições de habitabilidade, o que influi positivamente na saúde pública. Os indicadores de mortalidade infantil e de várias doenças estão diretamente ligados à falta de tratamento de esgotos e à poluição das águas”, observou o secretário de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, Marco Alba.
Recursos
Os recursos que vão resultar no investimento total de mais de R$ 1 bilhão virão do governo federal, da Corsan e de financiamentos junto ao BNDES e à Caixa Econômica Federal (Cef). No último dia 8 de novembro, já foram assinados no Palácio Piratini os primeiros contratos para obras que vão beneficiar 19 municípios, com aplicação de R$ 117,5 milhões, entre financiamento da Cef e recursos próprios da Corsan. Desse montante, R$ 91 milhões serão investidos na expansão de redes de esgoto e R$ 26 milhões, no sistema de água potável.
Em programas de implantação ou ampliação do sistema de esgotamento sanitário nas bacias dos rios do Sinos e Gravataí, vão ser aplicados R$ 215 milhões provenientes do Orçamento Geral da União e R$ 38 milhões pela Corsan. Serão beneficiados os municípios de Canoas, Alvorada, Viamão, Esteio e Sapucaia do Sul.
Outros R$ 190 milhões financiados pelo BNDES e mais R$ 30 milhões de contrapartida da Corsan serão investidos em obras de esgoto em Passo Fundo e Guaíba e na ampliação do sistema de captação, produção e distribuição de água em Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, Campo Bom, Sapiranga, Ivoti, Charqueadas, Portão, Santa Maria, Três Coroas, Rio Grande, Guaíba, Passo Fundo, Alvorada, Gravataí e Santo Antônio da Patrulha.
Com financiamento da Cef, no valor de R$ 72 milhões, e mais R$ 8 milhões de recursos da Corsan, por intermédio do programa Saneamento para Todos, serão ampliadas as redes de abastecimento de água e de esgotamento sanitário dos municípios de Cachoeirinha, Carlos Barbosa, Encantado, Gravataí, São Sepé, Sapiranga, Tramandaí, Viamão, Capão da Canoa, Passo Fundo, Rio Grande e Santa Cruz do Sul. Estiveram presentes também durante o anúncio no Palácio Piratini os presidentes da Corsan, Mário Freitas, e do Banrisul, Fernando Lemos.
(Ascom Governo do Estado do RS, 20/11/2007)