Rio Grande - Para compensar o impacto social devido ao despejo de cerca de mil famílias atingidas pela expansão portuária, a Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura firmam no próximo mês um acordo que visa à realização de um projeto de sustentação social às famílias atingidas pela expansão portuária.
Para o superintendente do porto, Bercílio Silva, o objetivo é proporcionar serviços e construir áreas de lazer e educação aos moradores que serão retirados de suas casas. O projeto beneficiará também aqueles que permanecerão na área portuária. "No próximo mês, representantes da Unesco no Brasil e da sede internacional estarão em Rio Grande para discutir o projeto. Buscaremos ainda o apoio de outros órgãos e entidades como o governo do Estado, Prefeitura Municipal, 18ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Furg, entre outras", fala o superintendente.
Dentre as atividades previstas estão a construção de escolas e espaços de lazer, projetos de apoio ao esporte e à prevenção da saúde e que visem à qualificação da mão-de-obra. "O Porto do Rio Grande duplicou sua produção, e a previsão é de que sua produção cresça ainda mais nos próximos anos: a estimativa é de R$ 50 milhões de toneladas ao ano", diz o superintendente, lembrando que a construção de novos terminais e a ampliação do cais deverá abrir aproximadamente 15 mil empregos.
Os bairros contemplados pelo projeto do porto juntamente com a Unesco serão o Getúlio Vargas, Santa Tereza, vila Militar, Barra Nova, 4ª Secção da Barra e Mangueira.
(Por Mônica Caldeira, Jornal Agora, 20/11/2007)