Teve início, na tarde de ontem (19), o içamento dos módulos de grande porte para o casco da plataforma oceânica P-53, que está atracada desde 20 de setembro no cais da área industrial da Quip, localizada no Porto Novo. A estrutura içada e colocada sobre a plataforma, ontem, pelo guindaste flutuante Taklift 6, é um dos dois módulos do "flare" (queimador de resíduos de gás da plataforma). Trata-se de um módulo que pesa 370 toneladas, construído pela Quip em Rio Grande. O segundo módulo do "flare" foi construído em Cingapura e será levantado posteriormente.
Na operação de ontem, ainda não foi necessário o uso de balsas como suporte para fixação da popa do guindaste. A ação com apoio das balsas deverá ocorrer na próxima semana, segundo Márcio Garcia, gestor de Construção e Montagem da Quip, empresa responsável pela construção de módulos e integração destes na plataforma. Para esta terça-feira, está previsto o içamento de outro módulo da P-53, com peso de 384 toneladas. O processo de içamento e instalação dos módulos sobre o casco da plataforma deverá se estender até o dia 16 de dezembro.
Durante o processo, também terá início a interligação destas estruturas na plataforma, serviço que deverá ser concluído em junho de 2008. No último domingo, chegou ao porto rio-grandino a balsa Superpesa 10 com os três módulos construídos pela Quip no Rio de Janeiro, a qual está atracada próxima ao casco da P-53. Os dois módulos construídos pela Dresser no Rio de Janeiro devem chegar nesta terça. Já os dois feitos pela Rolls Royce, também no Rio de Janeiro, chegam nos próximos dias. Estes são os únicos módulos que ainda não estão em Rio Grande. Os três produzidos em Cingapura chegaram no dia 1º deste mês.
A P-53, plataforma do tipo FPU (Unidade de Produção Flutuante), terá capacidade de produção diária de 180 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás. Possui o maior turret (estrutura em torno da qual ela gira) do mundo. Sua entrada em operação, no Campo de Marlim Leste, está prevista para outubro do próximo ano.
(Por Carmem Ziebell, Jornal Agora, 20/11/2007)