O governo interino da Austrália manifestou, nesta segunda-feira (19/11), sua frustração pelo início, no fim de semana, da temporada de caça às baleias no Japão. Em comunicado conjunto assinado pelos titulares de Exteriores, Alexander Downer, e Meio Ambiente, Malcolm Turnbull, a Austrália indicou que o Executivo se opõe a todas as formas de caça de cetáceos, e pediu que as autoridades japonesas reconsiderem sua posição a respeito desta "prática desumana".
Camberra ordenou seu embaixador no Japão, Murray McLean, a apresentar uma queixa formal pela retomada do programa de caça de baleias jubarte no Pacífico Sul, pondo fim de forma unilateral a uma moratória vigente desde 1963. Junto a isso, o governo aproveitou o comunicado para criticar, faltando cinco dias para as eleições gerais na Austrália, a proposta da oposição trabalhista de utilizar a Marinha para vigiar navios baleeiros japoneses.
A CBI - Comissão Baleeira Internacional solicitou, em junho, ao Japão que interrompa seu programa de "caça com fins científicos". A CBI ratificou a moratória vigente desde 1986 contra a caça de baleias com fins comerciais, apesar das pressões japonesas para que se suspenda o veto contra a captura em pequena escala.
A Noruega é o único país do mundo que permite a caça comercial de cetáceos, mas Japão e Islândia caçam mais de duas mil balias ao ano com fins "científicos", o que, segundo os grupos ambientalistas, é uma forma encoberta de realizar caçadas comerciais.
(Estadão Online,
Ambiente Brasil, 20/11/2007)