Um navio cargueiro de bandeira caribenha está impedido de deixar a capital pernambucana. A medida foi tomada pela Vigilância Sanitária após inspeção que constatou oito casos de malária entre os tripulantes. O navio está no Porto de Recife desde a última sexta-feira (16/11) e deveria seguir viagem para a Síria, com um carregamento de açúcar.
De acordo com a coordenadora de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegários, Vera Barone, não há qualquer risco de contaminação da população local, já que não foi encontrado na embarcação o mosquito vetor, transmissor da malária.
Segundo a coordenadora, embora o livro de bordo não informasse a existência de pessoas doentes, a Vigilância recebeu a informação de que três tripulantes do navio tinham sido conduzidos ao Hospital Oswaldo Cruz por apresentar sintomas como febre, dores musculares e fadiga.
O Laboratório de Saúde Pública de Recife foi acionado e constatou por meio de exames que as amostras de sangue estavam afetadas pelo protozoário da malária.
Vera Barone explicou que outras 20 pessoas da tripulação também foram examinadas e foram diagnosticados mais cinco casos de malária. O comandante da embarcação está entre os doentes. Entre as medidas adotadas, a coordenadora da Vigilância Sanitária citou “a desinfecção do navio, a suspensão das operações e o acompanhamento dos acometidos pela enfermidade”.
O cargueiro só poderá deixar o Porto de Recife quando os tripulantes hospitalizados receberem alta médica. Vera Barone disse ainda que os tripulantes que ficaram na embarcação estão impedidos de transitar na cidade.
(Por Marcia Wonghon, Agência Brasil, 19/11/2007)