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conservação dos cetáceos caça de baleias
2007-11-20

Com medo de um possível constrangimento diplomático, o Japão atrasou a partida de sua frota baleeira para o Oceano Antártico onde pretende caçar cerca de mil baleias nesta temporada. A idéia original dos japoneses era enviar seus navios na sexta-feira (16/11), mas o encontro marcado em Washington do primeiro ministro Yasuo Fukuda com o presidente americano George W. Bush mudou o planejamento inicial.

“O primeiro ministro Fukuda não deveria atrasar a partida da frota para evitar constrangimentos políticos internacionais, ele deveria cancelar todo o programa e inutilizar os navios para que não tivessem mais a permissão de navegação para caça", disse Karli Thomas, chefe da expedição a bordo do Esperanza, navio do Greenpeace que está além dos limites das águas territoriais do Japão exigindo o fim da caça. A embarcação seguirá de perto a frota baleeira japonesa durante sua viagem pela Antártida.

“O programa de caça científica do governo japonês é uma vergonha e fonte de uma tensão diplomática entre o Japão e os países conservacionistas, como Estados Unidos. Não há lugar para caça a baleia na Antártida – um lugar para paz e ciência. Caça não é ciência”, afirma Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de Baleias do Greenpeace Brasil e chefe de pesquisa da expedição no navio Esperanza.

Confira aqui o blog da Leandra, em que ela conta detalhes da expedição.

A caça de baleia no Oceano Antártico, realizada anualmente pelo Japão, ganha o disfarce de pesquisa científica, mas têm sido condenada internacionalmente. Nesta temporada, o Japão pretende matar mais de mil baleias, incluindo 50 fins que estão em perigo de extinção e, pela primeira vez esse ano, mais 50 jubartes, que estão em alto risco de extinção. A Comissão Internacional da Baleia (CIB) vem clamando ao Japão pelo fim da matança de baleias no Oceano Antártico.

“Os baleeiros japoneses estão enganando o público japonês pintando a palavra 'pesquisa' em seus navios”, disse Junichi Sato, coordenador da campanha de Baleias do Greenpeace Japão. “Verdadeiros cientistas não precisam matar baleias para estudá-las. Essa caça comercial está pobremente disfarçada como ciência”.

Uma pesquisa de opinião feita pelo Nippon Research Centre em junho de 2006 mostrou que 95% do público japonês nunca ou raramente come carne de baleia. Mais de 2/3 dos japoneses não apóiam a caça de baleia em alto-mar. E o Japão está perto de ter 4 mil toneladas de carne de baleia, proveniente da caça científica, armazenada em seus freezers – sem valor comercial e sem público.

O Greenpeace está colaborando com uma equipe de cientistas no projeto A Trilhas das Grandes Baleias, que já obteve dados importantes sobre um grupo de 20 jubartes do Oceano Pacífico. As informações dos satélites, das biópsias e da identificação das caudas das baleias marcadas com sensores mostram o padrão de migração e estrutura das populações, sem um único arpão ser disparado.

Conheça aqui em detalhes os primeiros resultados científicos do projeto.

Um outro estudo, publicado no site Nature Precedings, também desmascara a 'caça científica'. Saiba mais aqui. O Greenpeace também irá disponibilizar a localização da frota baleeira e do Esperanza no mesmo mapa onde foram disponibilizadas as rotas das baleias jubartes em suas áreas de reprodução - Ilhas Cook e Nova Caledônia.

A frota japonesa irá caçar perto de vários países que tem forte interesse econômico no turismo de observação de baleias, como as pequenas ilhas Tonga no Pacífico, onde algumas poucas baleias equivalem a milhões de doláres. O turismo de observação de baleias é a única atividade envolvendo baleias que é economicamente sustentável e que têm gerado mais que 1 bilhão de dólares por ano no todo mundo. “O governo japonês já deveria saber que podemos conseguir importantes informações sobre as baleias sem matá-las” disse Sato. “Está na hora do governo japonês acabar com essa atrocidade”.

(Greenpeace / Envolverde, 19/11/2007)


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