(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
eucalipto
2007-11-19
Bonitas e ameaçadoras elas são trazidas de outros países, proliferam e causam danos ao ecossistema brasileiro. Muitas espécies, denominadas invasoras, impedem desenvolvimento das nativas

Por trás de plantas exóticas, que enfeitam campos e jardins Brasil afora, existe um perigo. Pouca gente sabe, mas muitas espécies trazidas de outros países proliferam no meio ambiente e causam danos ao ecossistema. Elas são chamadas de plantas invasoras pelo pesquisadores. O problema é tão grave, embora impopular, que uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em parceria com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud), começou a fazer um mapeamento inédito no país. Numa primeira etapa, foram identificadas cerca de 170 plantas invasoras na Serra Gaúcha. Veja as fotos de algumas delas.

“Decidimos começar por essa região devido ao fluxo migratório muito grande. Temos, na Serra Gaúcha, colônias de italianos, alemães. E isso favorece a proliferação das plantas exóticas”, explica Ana Carla Santos, especialista em meio ambiente e consultora do Pnud no projeto. Nos 8 mil quilômetros quadrados visitados pela equipe, em que predominam campos naturais, mata atlântica e banhados (brejos), os pesquisadores destacam como espécies invasoras mais freqüentes o tojo, lírio-do-brejo, pinus, maria-sem-vergonha e uva-do-japão. E pior: cerca de 80% da região percorrida pertence a áreas de preservação permanente, que abrigam muitas espécies nativas raras e ameaçadas.

O potencial destrutivo das plantas invasoras é enorme. Muitas liberam substâncias tóxicas no solo, ressecam o terreno devido à absorção intensa de água, fazem sombra e impedem o desenvolvimento das espécies nativas. Os animais também sofrem, porque algumas delas são venenosas. Há plantas que atraem bichos silvestres não recomendados para o tipo de bioma em questão. O cultivo de tais espécies é crime, previsto na Lei de Crimes Ambientais e no Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Mas a fiscalização, e o próprio conhecimento das pessoas, é quase inexistente.

“Há pessoas que trazem uma muda de determinada planta, mas nem sabem que ela pode sair do controle e acabar desalojando as espécies nativas”, destaca o botânico Rogério Gribel, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Ele explica que as plantas que se tornam invasoras, às vezes levadas de uma região do país para outra, são muito usadas em programas de reflorestamento. “Exatamente por terem um alto potencial agressivo”, explica. “São espécies com metabolismo superior, capacidade de se proliferar e que quase sempre não têm predadores naturais no ambiente, o que as colocam em vantagem competitiva com as nativas.”

Jean Kleber Abreu, professor da Faculdade de Agronomia da Universidade de Brasília, aponta os eucaliptos como um exemplo próximo da realidade de Brasília. “É uma árvore interessante do ponto de vista do reflorestamento. Cresce rápido, dá madeira logo. Mas diminui muito a fauna do cerrado, já que são poucos os animais os que têm afinidade com o eucalipto”, explica Abreu. Ana Carla Santos afirma que as áreas mais vulneráveis à ação das plantas invasoras são as mais desequilibradas. “Elas chegam num ambiente perturbado, enfraquecido, e conseguem se sobressair, prejudicando as nativas.
 
(Renata Mariz, Estado de Minas, 17/11/2007)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -