Representantes da área ambiental do governo dos Estados Unidos afirmaram em conferência de imprensa que o quarto relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), lançado pelas Nações Unidas (ONU) no sábado (17/11), não traz novidades e, por isso, não causará mudanças nas políticas ambientais do país.
“Os Estados Unidos se baseiam em contribuições científicas da Organização das Nações Unidas e do próprio EUA. Este trabalho [o relatório do IPCC] não apresenta nenhuma novidade já que é um resumo de outros estudos apresentados anteriormente. Portanto, não deve haver mudança, mas, sim, um reforço”, disse o presidente do conselho de qualidade ambiental dos EUA, Jim Connaughton, em entrevista divulgada pela assessoria de imprensa do Departamento de Estado norte-americano.
Além dele, participaram do encontro com jornalistas a integrante da delegação americana no IPCC, Sharon Hays, e o negociador de questões do clima do Departamento de Estado, Harlan Watson.
De acordo com as estimativas dos representantes norte-americanos, os EUA investiram cerca de US$ 12 bilhões (quase R$ 24 bilhões) em estudos sobre mudanças climáticas desde 2001. Segundo eles, o país já incentiva a produção de energia renovável e o uso de combustíveis alternativos, além de negociar acordos bilaterais com outros países e participar das discussões ambientais com países que compõe o G8.
O governo norte-americano afirmou, no entanto, que não apresentará propostas para mudanças no Protocolo de Quioto na Conferência das Partes sobre o Clima (COP), que será realizada em Bali, na Indonésia, no início de dezembro. Para os EUA, as discussões de Bali são apenas o início de um longo processo de negociação internacional.
(Por Vinicius Konchinski, Agência Brasil, 18/11/2007)