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reciclagem de aluminio pilhas e baterias
2007-11-17

A mesma capacidade humana que produz, por exemplo, armamento cada vez mais sofisticado, felizmente também se volta a criar produtos cujos fins são bem mais construtivos.  Nesse campo, figuram com mérito as invenções ecológicas, propostas práticas para a resolução dos desafios contemporâneos sob o prisma da conservação dos recursos naturais.

De São Paulo, dois desses inventos começam a ganhar visibilidade e mercado nacionais. Os empresários Elerson Vieira e Sidnei Alves (na foto ao lado, do jornal TodoDia), lotados na cidade de Americana, criaram uma máquina que coleta latas de alumínio para reciclagem, já devidamente patenteada. Cada latinha nela inserida gera um cupom com os créditos para o consumidor, a serem convertidos em desconto no local onde o equipamento estiver instalado.

Um protótipo funciona há sete meses em uma loja da rede de supermercados São Vicente, na cidade de Santa Bárbara D’Oeste, na Região Metropolitana de Campinas. Neste período, a máquina já recebeu cerca de 50 mil latinhas – cada uma valendo quatro centavos de desconto ao consumidor na compra.

Elerson e Sidnei ganham com o aluguel do equipamento; o supermercado lucra em boa imagem e na atração de clientes. As latas seguem para a recicladora final, em Campinas, e o meio ambiente agradece penhoradamente.

A proposta vai ganhando corpo. “Estamos negociando para colocar uma máquina em um shopping da capital e em um posto de combustíveis em Americana, da rede Ipiranga”, antecipou Sidnei Alves a AmbienteBrasil.

Segundo ele, estão em curso também entendimentos com a cervejaria Crystal, para colocar a máquina, com a sua marca, em supermercados, e com a Coca-Cola, que pretende levar o equipamento a eventos promovidos por ela.

Os empresários inventaram também coletores de pilhas e baterias já espalhados em 70 pontos comerciais de Americana. A novidade é que eles são feitos com tubos usados de pasta de dente, mesmo material das “lixeiras ecológicas”, outra invenção da dupla, já adquirida pela rede São Vicente, que tem onze lojas na Região Metropolitana de Campinas.

O Banco Real pode também se tornar um grande comprador das lixeiras. “Estamos vendo para colocar nas agências, estão previstas umas seis mil para o ano que vem”, diz Sidnei.

Gotas

Há cerca de seis anos, o professor Sérgio Cruz Machado lecionava Geometria Descritiva na rede pública de São Paulo. Morando sozinho, pouco parando em casa, não conseguia manter suas plantas adequadamente regadas. “Usei todos os métodos conhecidos, mas não tinha jeito de controlar a vazão da água”, disse a AmbienteBrasil.

Movido por esse desafio particular, ele começou a desenvolver um sistema regulável de gotejamento, que findou ganhando nome – Petgotta – e reconhecimento.

O gotejador é feito de plástico reciclado e funciona acoplado a uma garrafa PET, o reservatório da água que vai salvar as plantas da inanição em viagens de seus donos (veja na foto ao lado). “O produto é muito funcional e simples”, garante Sérgio, que se aposentou como professor para dedicar-se exclusivamente à Acqua Vitta, empresa que produz e vende o Petgotta.

“A gente não tinha noção da repercussão que ia ter”, diz ele, após vender mais de 15 mil unidades do gotejador, lançado em setembro em Holambra (SP), no decorrer da Expoflora, evento referência no setor de jardinagem e paisagismo.

Além de utilizar materiais recicláveis, o invento economiza água, ao abrir a possibilidade de manter a terra hidratada na medida certa, e ajuda a combater o mosquito da dengue, posto que esse controle evita o acúmulo do líquido nos pratos dos vasos.

A empresa ainda não produz o Petgotta em larga escala, mas já tenta ampliar mercado cadastrando representantes.  Por enquanto, seus principais clientes são as lojas especializadas em jardinagem e consumidores esparsos, que compram pelo site www.acquavitta.com.br.

A máquina de coletar latinhas de alumínio e o Petgotta foram algumas das atrações apresentadas em uma mostra de “inventos ecológicos”, realizada paralelamente ao I Seminário RMC do Meio Ambiente 2007 +10, na cidade de Indaiatuba, em 16 e 17 de outubro passado.

(Por Mônica Pinto, Ambiente Brasil, 16/11/2007)
 


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