O megacampo de Tupi, na Bacia de Santos (SP), está muito longe de começar a produzir. Mas uma coisa é certa: a balança comercial do petróleo passará, na próxima década, por uma revolução. Poucos apostam que o Brasil será um exportador de óleo leve, até porque o país consome cada vez mais esse tipo de energia. A mudança em curso, segundo analistas, é a drástica queda esperada para as importações.
Além da esperada produção de óleo leve no campo de Tupi, dois outros fatores devem ser considerados quando se analisa o futuro das balanças de petróleo e de petroquímicos. Em primeiro lugar, os fortes investimentos que a Petrobras vem fazendo na tentativa de adaptar suas operações ao refino do petróleo pesado, de qualidade inferior, que o Brasil produz. Em segundo, os expressivos investimentos na construção de pólos petroquímicos para a produção de nafta, resinas e outras matérias-primas.
Com o campo de Tupi e os investimentos da Petrobras para refino de petróleo pesado e de petroquímicos, a projeção é de queda nas importações de petróleo, nafta e diesel, diz o analista Nelson Rodrigues de Matos, do Banco do Brasil Investimentos. 'É certo que as importações diminuirão', afirma Chau Kuo Hue, analista da LC Associados.
Com investimentos no Campo de Tupi e outros, projeção é baixar importação.
(Correio do Povo, 17/11/2007)