O Governo de Bangladesh elevou novamente a cifra oficial de mortes, desta vez para 1.595 baixas, vítimas da passagem do ciclone tropical Sidr, segundo a agência France Presse. O ciclone desabrigou 3,2 milhões de pessoas e deixou centenas de desaparecidos. Até sexta-feira (16/11), funcionários do governo ainda falavam em menos de 900 baixas, enquanto as Nações Unidas e a agência local de notícias UNB já mencionavam 1.100 mortos.
A agência Associted Press, citando fontes do governo, forneceu o número de 1.723 mortos. Fontes oficiais já admitiram que o número de baixas pode chegar a casa dos milhares nos próximos dias.
O Ministério de Gestão de Desastres, que montou uma sala de controle para atualizar o número de baixas, têm recebido continuamente novas cifras a medida em que se restabelecem as comunicações com as áreas mais remotas do país. A última informação dá conta de 474 mortes no distrito de Barguna e 385 da vizinha Patuakhali, segundo uma fonte militar ouvida pela Associated Press.
O ciclone Sidr devastou dezenas de milhares de lares na quinta-feira (15/11) e deixou milhões sem energia, na pior tempestade em um dos países mais pobres do sul da Ásia em mais de uma década. Mais de um milhão de moradores das áreas litorâneas foram forçados a deixar suas casas para abrigos do governo.
Neste sábado, o Exército começou a empregar helicópteros para entregar suprimentos para as áreas mais remotas, enquanto barcos militares transportam alimentos e remédios para comunidades de pescadores que vivem nas centenas de pequenas ilhas ao longo do costa.
Várias organizações humanitárias, a exemplo da Unicef (Nações Unidas), já trabalham junto ao governo e aos voluntários locais para providenciar água potável e suprimentos de emergência nas áreas afetadas pelo desastre natural.
O país já começou a receber ajuda internacional: os EUA já enviaram equipamento para ajudar os trabalhos de resgate, com veículos anfíbios, bem como equipes de trabalhadores. A União Européia anunciou o envio de US$ 2,2 milhões, enquanto a Alemanha se comprometeu a ajudar com outros 500 mil euros (aproximadamente US$ 730 mil).
(Folha online, 17/11/2007)