O terremoto de 7,7 graus na escala Richter que sacudiu o norte do Chile na quarta-feira (14/11) prejudicou pelo menos 15 mil pessoas, principalmente na área costeira de Tocopilla, além de deixar dois mortos e centenas de feridos, afirmou o governo do país. O tremor, que gerou pânico em várias cidades e povoados chilenos, provocou também a interrupção das atividades das grandes mineradoras de cobre que operam na região. O balanço oficial preliminar da Agência Nacional de Emergências (Onemi) "é de 15 mil pessoas atingidas, já que temos quase quatro mil casas que foram danificadas ou desmoronaram", disse o ministro porta-voz, Ricardo Lagos Weber.
A presidente chilena, Michelle Bachelet, viajou ao local afetado pelos tremores, onde se reuniu com ministros para avaliar os danos e coordenar a ajuda ao local. O governo disponibilizou o envio de barracas de emergência, além de remédios e apoio humanitário. O Serviço Geológico dos Estados Unidos informou que o tremor, ocorrido após o meio-dia e sentido inclusive em países vizinhos, teve seu epicentro a 170 quilômetros a noroeste da cidade de Antofagasta, próxima ao povoado de Quillagua.
A Onemi afirmou que duas mulheres, uma de 88 e outra de 54 anos, morreram em razão do desabamento de muros em Tocopilla, 1.550 quilômetros ao norte da capital Santiago e próxima do epicentro do abalo. Dois outros fortes terremotos, incluindo um de magnitude 6,8 graus, atingiram o norte do Chile nesta quinta-feira. O tremor, a apenas 35 quilômetros de profundidade, aconteceu a 93 quilômetros de Antofagasta, uma região ao norte do país rica em minerais. Dois minutos antes, um tremor de 6,2 graus atingiu a mesma área.
Em agosto, o Peru foi afetado por um terremoto de magnitude 8 que deixou mais de 500 mortos. Em junho de 2005, um tremor de magnitude 7,9 sacudiu o norte chileno com um saldo de uma dezena de vítimas fatais.
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JC-RS, 16/11/2007)