O ministro de Minas e Petróleo do Equador, Galo Chiriboga Zambrano, expressou nesta quinta-feira (15/11) em Riad, em um simpósio com os titulares da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que o Governo equatoriano compartilha o compromisso de promover a indústria petrolífera sem descuidar do meio ambiente. "Temos certeza que o futuro petrolífero do mundo é um futuro de crescimento, mas também de incerteza", disse Chiriboga em discurso pronunciado durante a primeira sessão do simpósio ministerial da III Cúpula da Opep.
É a primeira vez que um ministro equatoriano participa de uma reunião com os colegas do grupo petroleiro desde que o país deixou o cartel, em 1992. Em seu discurso, interpretado como um indício da postura com que o Equador retorna a esta organização, Chiriboga expressou seu agradecimento ao anfitrião, o ministro de Petróleo saudita, Ali bin Ibrahim Al-Naimi. Zambrano afirmou que o Equador compartilha a 'perspectiva de abastecer o mercado, (..) esforçar-se para produzir em termos de qualidade e eficiência este aumento, que requer a demanda'.
Mas destacou que o desenvolvimento da indústria petrolífera deve levar em conta os aspectos ecológicos. "Nossa produção deve ser compatível com o respeito ao meio ambiente, e, por isso, fazemos com que nossos parceiros usem as melhores tecnologias, com o objetivo de que nossos combustíveis sejam os maiores amigos do meio ambiente", explicou. Ele considerou que os consumidores também devem assumir sua parte de responsabilidade em relação à ecologia do planeta e que os países produtores de petróleo têm que desenvolver seus recursos em benefício de sua população.
O Equador voltou à Opep em 20 de outubro, com um acordo obtido com o secretariado da organização sobre o pagamento de dívidas pendentes, porque o presidente equatoriano, Rafael Correa, decidiu dar este passo como parte de sua política energética. O presidente equatoriano, Rafael Correa, é esperado em Riad para participar da terceira cúpula de chefes de Estado da organização, e sua participação se considera o ato oficial da reincorporação. Com o retorno do Equador - que já foi membro do grupo entre 1973 e 1992 - e a adesão de Angola em 1º de janeiro de 2007, a Opep, fundada em 1960, em Bagdá, se ampliou este ano de onze a treze membros.
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Jornal do Brasil, 15/11/2007)