O presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Roger Agnelli, disse nesta quarta-feira (14/11) que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidiu promover ocupações na Estrada de Ferro Carajás, no Pará, por causa do bom desempenho da Vale. Segundo ele, os movimentos sociais agem por motivos ideológicos.
“O caso da Vale do Rio Doce é, claramente, uma empresa que é bem sucedida, está gerando muitos resultados, está investindo, reinvestindo. Está num processo de crescimento muito forte. A gente acaba virando de alguma forma, vitrine, vidraça”, afirmou Agnelli, após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.
Para o presidente da Vale, não há razões concretas para os movimentos sociais promoverem atos contra a companhia. “O movimento do MST de parar as ferrovias não tem nada a ver com a Vale do Rio Doce. Não existe nenhum tipo de relação possível entre MST e Vale do Rio Doce, pelo contrário. O próprio movimento colocou a Vale como alvo simplesmente por uma questão ideológica. Por que isso, nem eu sei”, completou.
Agnelli afirmou que não tratou do assunto com o presidente Lula. Ele ainda negou que Lula tenha reclamado que a Vale tem investido mais no exterior que em território nacional. “Ele nunca se queixou, não. Ele tem acompanhado todos os projetos da Vale. Tem acompanhado bastante toda a execução de investimento. A concentração é no Brasil”, disse.
(Por Carolina Pimentel,
Agência Brasil, 14/11/2007)