Rússia e Ucrânia acertaram a criação de um grupo de trabalho para retirar as mais de mil toneladas de óleo combustível derramadas no mar por um petroleiro russo no fim de semana. O acordo foi firmado na terça-feira (13/11), na cidade russa de Anapa, pelos primeiros-ministros russo, Victor Zubkov, e ucraniano, Viktor Yanukovich, que presidirão a força-tarefa, segundo informaram agências russas.
Zubkov, que viajou para a região do desastre por ordem do presidente russo, Vladimir Putin, disse que agora "o importante" é "retirar o óleo combustível" e acabar com o vazamento. Segundo o Ministério de Situações de Emergência da Rússia, mais de 1.700 toneladas de resíduos já foram recolhidas da região do estreito de Kerch, que separa os mares Negro e Azov e que é compartilhado por Rússia e Ucrânia. O grupo de trabalho terá duas sedes: os portos de Kavkaz (Rússia) e Kerch (Ucrânia).
LimpezaDos trabalhos de limpeza participam cerca de mil de pessoas, entre marines e socorristas do ministério russo. Além disso, hoje começaram a ser extraídas as mais de duas mil toneladas de óleo combustível ainda armazenadas dentro do petroleiro "Volganeft", partido ao meio na madrugada de sábado para domingo devido às fortes chuvas que atingiram a região.
Os ecologistas já começaram a falar de milhares de aves mortas, enquanto as autoridades já se referem ao vazamento como uma "catástrofe ecológica" e estimaram o prejuízo decorrente do acidente em mais de US$ 100 milhões.
Além do óleo combustível, cerca de sete mil toneladas de enxofre também vazaram para o mar da região do estreito de Kerch depois do naufrágio de outros dois cargueiros. O subdiretor do departamento russo de defesa do meio ambiente, Oleg Mitvol, disse que não está descartado a possibilidade de ocorrer "chuva ácida".
(Efe,
Folha de São Paulo, 14/11/2007)