Representantes do governo do Amazonas, do município de Silves, da Associação de Pescadores, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da sociedade civil conheceram na noite desta quarta-feira (14/11), em Silves, os resultados dos trabalhos para preservação ambiental e cultural, realizados em parceria com as comunidades da região.
Após a reunião, eles participaram da contagem e da pesca controlada dos pirarucus – com autorização do Ibama, porque a espécie está em risco de extinção. Eles também tiveram encontros com pescadores da reserva de desenvolvimento sustentável de Mamirauá, que são contadores certificados e ensinarão as técnicas adequadas para a pesca controlada.
O articulador da Associação de Silves pela Preservação Ambiental e Cultural (Aspac), Vicente Neves, que mora na reserva e é contador certificado, disse que no lago que concentra os pirarucus, às vezes, o vento atrapalha a contagem, feita desde a manhã, a cada 20 minutos.
"Neste processo nós separamos os chamados peixes juvenis, que têm até 1,20 metro de comprimento, e também anotamos o número de adultos", explicou.
Outro contador certificado, Flávio Andrade, lembrou que o objetivo é reaver o estoque para pesquisa na região. "O pirarucu hoje é motivo de festa na mesa da comunidade, que gosta de comer peixe, mas o peixe do dia-a-dia mesmo é de espécies menores. Com a pesca controlada, as comunidades poderão até comercializar essas espécies que servem para o consumo diário", disse.
Ele informou ainda que após a contagem e a pesca, os pirarucus de Silves serão comercializados no próprio município e a renda irá para as comunidades da região.
(Por Amanda Mota e Camila Vassalo, Agência Brasil, 14/11/2007)