Estiagem provoca perdas de lavoura e rebanho e há cidades em estado de emergência. Há locais onde não chove há um ano na BA e a água é racionada em Petrolina.
Enquanto estados do Sul e Sudeste sofrem os efeitos da chuva, no Nordeste, a seca castiga os nove estados da região. A estiagem em 300 municípios vem provocando perdas de lavoura e de rebanho.
Em 110 municípios do Ceará, a água só mesmo chega em carros-pipa. Na Paraíba, a seca atinge uma população de 350 mil pessoas. Esse número quase triplica no Piauí.
Na Bahia, há municípios onde que não chove há um ano. Em Petrolina (PE), a água é racionada: são 20 litros por dia para cada morador da região.
De acordo com a Secretaria Nacional de Defesa Civil, nos estados de Alagoas, Rio Grande do Norte e Maranhão, 327 municípios solicitaram ao Governo federal a decretação do estado de emergência.
A situação é parecida em todo Nordeste: tanques e açudes secos. Os reflexos já são sentidos na criação pecuária. Para tentar diminuir o prejuízo com a produção de leite, o produtor vem utilizando a palma como principal alimento do rebanho durante a estiagem.
Em Sergipe, a produção de leite já é 30% menor. O reflexo está nos laticínios, onde a maior fábrica do estado foi obrigada a dar férias coletivas a 100 funcionários. A produção diária de leite caiu de 130 mil litros para 90 mil litros. O preço pago ao produtor também baixou.
A seca também atingiu a lavoura. A produção de milho forte dessa região já foi comprometida. Em algumas áreas, a perda é total.
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Agência G1, 13/11/2007)