O ministro da Integração, Geddel Vieira Lima, afirmou nesta terça-feira (13/11), após a abertura do seminário São Francisco – a Realidade de um Rio, em Brasília, que o processo de transposição das águas do Rio São Francisco não será interrompido. Ele considera a fase mais complexa de discussões superada e esclarece que apenas interferências de ordem técnica serão admitidas.
“Não temos mais tempo para considerar, no atual estágio, questões meramente ideológicas. Essa obra é para ser discutida do ponto de vista técnico e no que ela representa para o Brasil. A transposição é para servir de paradigma para quebra de preconceitos. Não vou fazer disso um embate político”, garantiu.
Geddel afirmou que reconhece como legítimos alguns posicionamentos contrários à transposição, que pretende levar água à região setentrional do Nordeste. Ainda assim, o ministro considera o processo irreversível.
“Mais do que inevitável, a transposição é necessária. Estaremos sempre dispostos a ouvir quem tem posições contrárias, mas não com o objetivo de parar as obras, mas sim para encorporar críticas corretas e honestas que aprimorem o projeto”, afirmou.
A transposição deve ganhar fôlego com investimento de capital privado, indicou o ministro. A expectativa é de que nas próximas semanas seja anunciada alguma parceria para as obras no percurso do rio.
“Já estamos em fase de abrir as propostas. Talvez em 15 ou 20 dias já deveremos anunciar contrato com a empresa que vencer o primeiro lote do eixo norte das obras”, disse o ministro.
(Por Hugo Costa, Agência Brasil, 13/11/2007)