A falácia de que é preciso matar uma baleia para pesquisá-la não resistiu a algumas semanas de pesquisa feita pelo projeto A Trilha das Grande Baleias. Já conseguimos mais e melhores resultados com o rastreamento via satélite de um grupo de 19 baleias jubarte do que 20 anos de 'caça científica' promovida pelos japoneses nos mares do Sul.
A marcação das baleias determinam suas posições em um mapa, permitindo que os internautas acompanhem as rotas migratórias de cada animal. Esses rastreadores não foram desenvolvidos para emitir sinais de forma permanente e no momento nenhum deles está transmitindo. Uma das baleias monitoradas, Saravah, chegou na costa da ilha norte da Nova Zelândia, região muito próxima ao seu destino migratório final: o oceano Antártico.
Nossa intenção era comprovar que a caça é desnecessária à ciência, pois grandes avanços podem ser conquistados por meio de métodos não-letais. Por meio da foto-identificação das baleias, será possível conhecer o habitat e a estrutura das populações. É por meio desses dados que poderemos determinar se as populações de baleias ameaçadas estão entre aquelas que serão caçadas pela frota baleeira japonesa no Santuário de Baleias do Pacífico Sul.
As informações recebidas até agora trouxeram interessantes dados relativos ao comportamento desses cetáceos e serão levados à próxima reunião da Comissão Internacional da Baleia (CIB) em 2008.
(
Greenpeace, 13/11/2007)