Os produtores de soja do centro-leste argentino vão processar um milhão de toneladas de combustível de origem vegetal em 2008 para atender à crescente demanda mundial, indicou à AFP uma fonte da Bolsa de Comércio de Rosário, pólo industrial de Santa Fé localizado a 300 km de Buenos Aires. "No segundo semestre do próximo ano, a usina de biodiesel da província de Santa Fé alcançará capacidade de produção de mais de um milhão de toneladas", disse Rogelio Pontón, chefe da Direção de Informações e Estudos Econômicos da Bolsa de Rosário.
A alta constante da demanda mundial de combustíveis de origem vegetal e o imposto praticamente nulo sobre as exportações de biocombustíveis na Argentina levaram os grandes produtores de soja a entrar no novo negócio, indicou Pontón. Quase todos os projetos de biocombustíveis do país estão concentrados na zona de influência de Santa Fé. Segundo o especialista, Santa Fé será a principal área exportadora de biocombustíveis do país.
"Além das duas usinas processadoras de biodiesel que já funcionam na margem do Rio Paraná, há sete em construção", destacou o economista. Entre os projetos mais importantes está o da empresa francesa Dreyfus, que investiu US$ 70 milhões para produzir 300.000 toneladas de biocombustíveis à base de soja por ano.
As usinas ficam no complexo produtor de soja da zona do Grande Rosário, considerado o mais competitivo do mundo. Os portos locais exportam 90% dos óleos de soja e dos subprodutos da oleaginosa vendidos todo ano pela Argentina. Além de terem acesso direto à matéria-prima, estas empresas possuem grande parte da infra-estrutura necessária, como portos e redes rodoviárias do campo para os pontos de embarque.
(
Agência G1, 12/11/2007)