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2007-11-12

Pelotas - Corvinas, tainhas e bagres apareceram mortos neste fim de semana no Canal São Gonçalo, região da Balsa. Os pescadores da localidade dizem que isso ocorre há mais de 20 anos. Eles afirmam que sempre que a cidade fica parcialmente alagada após chuvas fortes, sobretudo no verão, e o Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep) aciona as bombas para diminuir as inundações das zonas mais atingidas, aparecem centenas de peixes mortos no São Gonçalo.

"É sempre a mesma coisa. Essa poluição danada e os políticos não fazem nada para melhorar", queixa-se o pescador Jairo Luís Dias da Silva. O Sanep aponta falta de lógica no argumento e garante que a morte dos peixes nada tem a ver com o acionamento das bombas.

Os pescadores lembram que esta água acaba escoando para os balneários. O problema maior, no entanto, que afeta a eles diretamente, é com relação à atual safra de corvina, tainha e bagre, que já está prejudicada com a mortandade dos peixes, e principalmente o risco de ter perdida a safra do camarão, que começa em fevereiro.

"Temos certeza que é por causa da poluição que escoa para dentro do canal quando a bomba leste do Sanep é acionada. A cada dia morrem mais peixes. Se continuar essa poluição, os camarões não entram no canal São Gonçalo e a safra ficará prejudicada", diz João Paulo Pinho, presidente da Associação de Pescadores da Balsa.

Bombas ajudam a despoluir
Ubiratan Anselmo, presidente o Sanep, se diz surpreso com a informação da morte dos peixes e questiona o argumento dos pescadores. "Não tem nada a ver. Quando a cidade fica inundada é muito importante acionar as bombas, que em menos de uma hora escoam a água toda para o canal. Essa água é pluvial, não é poluída, deveria ajudar a diminuir a poluição do canal, e não o contrário", contrapõe. Ubiratan Anselmo disse que, embora nada soubesse sobre a morte dos peixes na Balsa, enviaria hoje uma equipe para vistoriar o local.

Desde a semana passada, quando apareceram os primeiros peixes mortos, equipes da Secretaria de Qualidade Ambiental e da 3ª Companhia Ambiental estiveram na Balsa. O comandante capitão Facin informou que desde então a Companhia tem feito monitoramento constante e que no sábado foi verificado que o número de peixes mortos havia aumentado, sendo a maioria deles vogas e bem poucos de outras espécies.

SQA garante providências
O secretário Leonardo Cardoso, titular da SQA, disse que esteve no local na semana anterior, a pedido de moradores e do presidente da Associação de Pescadores. Cardoso afirmou, porém, que não sabia que a quantidade de peixes mortos havia aumentado. "É possível que seja devido ao esgoto doméstico, saturado pela obstrução de alguma saída do canal, mas precisamos ter certeza para agir. O mais prudente agora é analisar a água para se obter um diagnóstico preciso, encontrando a causa do problema, poderemos buscar a solução mais apropriada", disse.

O secretário disse que cabe à SQA a medida administrativa e que irá tomar providências junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam), órgão do Estado responsável pela poluição ambiental, e junto ao Sanep.

"O Sanep poderia fazer uma limpeza na área, se for o caso", disse.
A Associação de Pescadores da Balsa prepara um projeto para criação de uma subestação natural - um canal em zigue-zague, cheio de aguapés - que trataria o esgoto oriundo do Navegantes I, II e III, do Porto e da Várzea, antes de ser lançado no canal São Gonçalo.

(Por Joice Lima, Diario Popular, 12/11/2007)


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