Dias e horários de recolhimento permanecem os mesmos para não tumultuar o serviço, e o modelo do caminhão que presta o serviço será o mesmo- Hoje, começamos a mudar a cara de Porto Alegre quanto à limpeza urbana. A frase definitiva, que vai ser cobrada pelos moradores da Capital, é do diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Mário Moncks. Depois de muita polêmica, licitação cancelada e reclamações de descaso no serviço, novas empresas assumem a coleta na Capital.
Na sexta-feira, o diretor percorreu as empresas e vistoriou os equipamentos que entram em serviço hoje (12). Moncks voltou para seu escritório no DMLU otimista. Viu caminhões novos, equipamentos prontos para entrar em operação e funcionários motivados. Tudo o que não se tinha mais na coleta urbana. A empresa que prestava o trabalho até a semana passada tinha caminhões velhos e funcionários já avisados de que perderiam o emprego. O resultado foi muito trabalho por fazer deixado para trás, o que trouxe muitas reclamações, principalmente na Zona Sul.
Não estão previstas, no começo do contrato, alterações no sistema que os porto-alegrenses conhecem. O tipo de caminhão será igual ao atual. Os dias e horários de coleta também permanecem os mesmos para não tumultuar o serviço.
O departamento assinou em 12 de setembro os três contratos com as empresas que venceram as licitações. Além da Qualix, foram contratadas a Construrban (para recolher resíduos públicos) e a Delta (responsável pela coleta em empresas que geram grande demanda).
O monitoramento por meio de GPS (do inglês Global Positioning System, ou sistema de posicionamento global) é a principal novidade do novo serviço de coleta de lixo de Porto Alegre. Todos os caminhões de coleta urbana terão o equipamento. Segundo o DMLU, é uma garantia de que o departamento poderá fiscalizar e cobrar eficiência da empresa.
Sobre outra queixa dos usuários, a constante abordagem de funcionários pedindo gorjeta, Moncks promete providências.
- Conversei com todos os diretores das empresas sobre isso. Não vamos aceitar essa questão da gorjeta para quem trabalha na coleta. As pessoas não devem dar, eles são pagos para fazer esse trabalho.
Os horários e os dias da coleta, lembra o DMLU, seguem os mesmos. Mas a aposta é que, com as novas prestadores e fiscalização eficiente, as queixas sobre lixo deixado para trás diminuam.
(Por Leandro Rodrigues, Zero Hora, 12/11/2007)