Os gastos vinculados com a repactuação das cláusulas do regulamento do plano Petros e os efeitos da apreciação do real sobre ativos líquidos em dólar levaram a Petrobras a fechar os primeiros nove meses do ano com lucro líquido 21% inferior ao apurado em igual período do ano passado. Na comparação com o terceiro trimestre de 2006, a queda do lucro líquido no período chegou a 22%.
O balanço financeiro da estatal, divulgado na sexta-feira (09/11) pelo diretor financeiro Almir Barbassa, aponta que em três trimestres o lucro líquido foi de R$ 16,4 bilhões – no ano passado, somou R$ 20,7 bilhões. E que no terceiro trimestre, caiu dos R$ 7,08 bilhões de 2006 para R$ 5,5 bilhões.
O valor de mercado da Petrobras, no entanto, subiu 71% até quinta (08/11), impulsionado pela divulgação da descoberta da significativa reserva do Campo de Tupi, na Bacia de Santos, estimada em 5 a 8 bilhões de barris de petróleo e gás natural. Em 12 meses, o valor de mercado da estatal subiu 50%.
Os números relativos aos três últimos trimestres apontam ainda que a receita operacional líquida aumentou 7% em relação ao mesmo período em 2006 e atingiu R$ 125,1 bilhões. Os investimentos de janeiro a setembro, segundo Barbassa, movimentaram recursos 35% superiores aos do ano passado e "foram fundamentais para a ampliação da capacidade de produção de petróleo e gás".
Mesmo com a entrada em operacão de novos campos, a produção de petróleo nacional aumentou apenas 2% na comparação com os três trimestres até setembro em 2006. Já a produção internacional das empresas consolidadas foi 16% menor, devido à exclusão da Venezuela a partir de abril.
(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, 09/11/2007)