Uma forte tempestade causou o naufrágio de quatro navios russos nas últimas horas no estreito de Kerch, que liga o Mar Negro e o Mar de Azov, informou hoje (11/11) o Ministério para Situações de Emergência russo.
"Por volta de 13h30 (8h30 de Brasília), como resultado da tempestade no estreito de Kerch, quatro navios russos naufragaram", disse o porta-voz do ministério, Viktor Beltsov, citado pela agência oficial russa "Itar-Tass".
O naufrágio de um deles, o petroleiro Volga-Neft, com 4 mil toneladas de óleo em seus tanques, causou o vazamento de 2 mil toneladas de combustível ao mar.
A embarcação se partiu em duas na enseada do porto de Kavkaz por volta de 11h45 de sábado. Cerca de seis horas depois, foi a vez do navio Volnogorsk, que transportava 2 mil toneladas de enxofre.
Em seguida, as autoridades portuárias comunicaram o naufrágio do Nakhchivan, que também carregava enxofre, e informaram que a tripulação de um quarto navio, o Kovel, estava tentando impedir que a embarcação afundasse.
As autoridades russas não relataram vítimas nos acidentes.
Segundo o ministério, na região do estreito de Kerch, a tempestade é acompanhada de ventos de mais de 90 km/h e de ondas de até 4,5 metros de altura.
O subdiretor do Serviço Federal de Proteção da Natureza da Rússia, Oleg Mitvol, disse hoje que serão necessários meses para superar as conseqüências do vazamento de cerca de 2 mil toneladas de óleo no estreito de Kerch.
"Estamos diante de uma situação grave de poluição do estreito de Kerch", afirmou Mitvol em entrevista à emissora de televisão estatal russa "RTR".
Mitvol ressaltou que "os trabalhos para restaurar o estado ecológico do estreito durarão meses".
A autoridade russa acrescentou que o mau tempo verificado nos últimos dias dificulta os trabalhos de recolhimento do óleo derramado pelo Volga-Neft.
Mitvol disse que, se o combustível atingir o fundo do mar, "a eliminação das seqüelas do vazamento poderia se tornar um problema de muitos anos".
O vento sopra em direção à vizinha Ucrânia, por isso é "muito importante coordenar esforços com nossos colegas ucranianos", disse.
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EFE, 11/11/2007)