Aproximadamente 100 milhões de pessoas podem perder seu meio de subsistência se o nível atual de exploração dos recursos pesqueiros nos mares do Sudeste Asiático se mantiver, segundo um novo estudo. O relatório, realizado pelo Instituto Lowy de Política Internacional e divulgado hoje pela imprensa australiana, sugere que em menos de 10 anos várias espécies terão desaparecido. A entidade pediu ao governo australiano um maior esforço para proteger as espécies em perigo.
O estudo especificou que é necessário um amplo acordo para estabelecer cotas de pesca de atum-do-sul nos oceanos Índico e Pacífico, e propor medidas para uma gestão sustentável dos recursos compartilhados. Se os recursos continuarem se reduzindo, como vem acontecendo até agora, haverá um aumento na pesca ilegal. Assim, as tensões na região crescerão inevitavelmente, acrescentou o documento.
Entre 1961 e 1991, a pesca comercial intensiva reduziu os bancos pesqueiros em 86% no Golfo da Tailândia. O país é um dos 12 maiores produtores de pescado do mundo, ao lado de Indonésia, Vietnã e Filipinas. No entanto, as nações da região podem perder seus postos se o atual nível de pesca se mantiver, alertou o estudo.
Mais de 70% da produção mundial de pescado saem de águas da Ásia. Cerca de metade vai para os consumidores do continente, especialmente os do Japão, que importa mais de 25% de seu consumo. A ONU calcula que cerca de 69% dos recursos pesqueiros de todo o mundo estão seriamente minguados, superexplorados ou extenuados.
(AGÊNCIA EFE,
Clic RBS, 09/11/2007)