O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagens (Daer) esclareceu, ontem (07), que o corte das 12 árvores nativas que existiam no acostamento da RS-734, na área da curva do Senandes, foi realizado a partir de licenciamento concedido pelo Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap). O esclarecimento se deve ao fato de o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema) ter denunciado o corte das árvores feito pela empresa responsável pela duplicação da rodovia, por meio de matéria divulgada na edição do Jornal Agora do último final de semana, considerando "irresponsabilidade e crime ambiental".
Na sexta-feira, como está registrado na matéria, a reportagem do Agora ouviu o diretor-geral do Daer, Gilberto Cunha, o qual disse que não tinha conhecimento da derrubada destas árvores. Ontem, o Daer informou que "a supressão e corte raso do salseiro (Salix humboldtiana), foram realizados mediante o alvará de licenciamento nº 3837, emitido em 18 de outubro pela Secretaria do Meio Ambiente – Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap), com validade até 17 de outubro de 2008. O Departamento acrescentou que a empresa responsável pelas obras de duplicação da rodovia está adotando as medidas compensatórias para o replantio da espécie, atendendo o item 13 do alvará.
Este item diz que “o empreendedor deverá apresentar Relatório Técnico de supervisão e execução do Projeto de Reposição Florestal Obrigatória, incluindo todos os transplantes, Resgates e relocação das espécies imunes ao corte e ameaçadas, no prazo máximo até o vencimento desta licença, com a respectiva ART – Anotação de Responsabilidade Técnica do profissional habilitado; informando o número e quantidade de espécies, localização, tratos culturais, isolamento, croqui da área e avaliação dos resultados”.
A direção do Daer observa ainda que a obra de duplicação da RS/734, que deverá abranger o trecho entre o Cassino e o entroncamento da BR-392, num total de 11 quilômetros, foi retomada em 20 de abril deste ano, somente depois de cumpridas todas as exigências ambientais impostas ao empreendimento, "deixando expresso o respeito devido pela Autarquia às questões ambientais, o que acontece como diretriz e procedimento do Departamento em todas as suas obras e serviços prestados à comunidade".
(Por Carmem Ziebell, Jornal Agora, 08/11/2007)