A filial da Petrobras na Argentina informou nesta quinta-feira (08/11) que investiu US$ 26,5 milhões em medidas ambientais e de segurança na refinaria que opera em Baía Blanca, 800 quilômetros ao sul de Buenos Aires.
O dinheiro foi aplicado em unidades de recuperação de enxofre e armazenamento de nafta, assim como em outras construídas "segundo os mais elevados padrões de qualidade", respeitando "os mecanismos de transparência e competitividade correspondentes", diz um comunicado.
A refinaria de Baía Blanca, com capacidade para processar 31.200 barris de petróleo ao dia e dotada de um sistema de controle ambiental, produz mais de 2,4 milhões de metros cúbicos de combustíveis por ano.
Em setembro, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do governo argentino havia fechado diferentes setores de uma refinaria da Petrobras, no município de Avellaneda, na Província de Buenos Aires. O motivo, segundo a agência oficial Telam, que divulgou a informação, foram "derramamentos de hidrocarbonetos e perdas visíveis em tanques de depósito".
A decisão de fechar foi vista como retaliação à intenção da Petrobras de participar do leilão pela compra dos ativos da petroleira americana Exxon Mobil na Argentina; o governo argentino prefere que a operação seja fechada pela petroleira venezuelana PDVSA.
No início do mês passado, no entanto, a secretaria determinou a reabertura das instalações. Em um encontro com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, após a reabertura, a então candidata presidencial Cristina Fernández de Kirchner cobrou dele mais investimentos da empresa na Argentina. Gabrielli, por sua vez, esclareceu que a compra da Exxon não substituiria o plano de investimentos previsto pela Petrobras para o país.
Oficialmente, a reabertura se deveu à apresentação de um plano de controle de danos pela Petrobras. No comunicado da reabertura, porém, a empresa negou que houvesse irregularidades no depósito.
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Folha Online, 08/11/2007)