O grande potencial para expansão da produção de açúcar e álcool no País, aliado ao crescimento na demanda mundial por energia de fontes alternativas, deu um novo dinamismo ao agronegócio brasileiro. O setor mais relevante da economia nacional, responsável por um terço do Produto Interno Bruto (PIB), vive uma corrida sem precedentes de investimentos.
Grandes grupos nacionais e internacionais estão sendo atraídos para o setor sucroalcooleiro de olho, não só na produção do açúcar e do álcool, mas na possibilidade de agregar a esses insumos a produção de biocombustível e de bioeletricidade. O setor quer contribuir para evitar um futuro apagão energético. O grupo Odebrecht, tradicional no setor da construção civil, escolheu o Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo, para criar seu pólo sucroalcooleiro.
A região ficou conhecida pelos conflitos entre fazendeiros e sem-terra, mas isso não inibiu a empresa: os investimentos podem chegar a R$ 3 bilhões. O plano da Odebrecht é estar entre os maiores grupos do setor no País em cinco anos. Para isso, adquiriu uma usina tradicional na região, a Alcídia, em Euclides da Cunha Paulista, e outra em obras, a Conquista do Pontal, no distrito de Cuiabá Paulista, em Teodoro Sampaio, e planeja a construção da terceira unidade em Presidente Epitácio, onde o grupo já adquiriu terras. Consolidado o pólo paulista, a Odebrecht pretende investir também nos Estados do Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.
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Agência Estado, 08/11/2007)